Atualizado em
15/02/2012 18h29
Testemunhas de acusação tentam caracterizá-lo como 'calculista'.
Ana Lúcia Assad, advogada de defesa, diz que cliente é 'ingênuo'.
Enquanto a acusação tenta classificar o réu como "calculista" e "violento" e provar que desde o início ele tinha a intenção de matar a garota, a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, busca passar a imagem de que o rapaz é "ingênuo".
Confira a seguir as principais frases dos personagens envolvidos no julgamento:
Primeiro dia
Ele batia nela o tempo todo dentro da casa, não largava a arma"
Nayara Rodrigues
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Frases de Nayara Rodrigues, amiga de Eloá que também foi feita refém e baleada no rosto por Lindemberg: "No dia do crime, ele ficou surpreso de ter mais gente no apartamento. Ele entrou já de arma em punho", sobre o momento que Lindemberg invadiu o apartamento de Eloá "Ele batia nela o tempo todo dentro da casa, não largava a arma", sobre a agressividade do réu "Ele se vangloriava, via tudo pela TV. Deu um tiro no PM e disse: 'É para mostrar que eu não sou bonzinho'." Nayara disse que Eloá ficou "toda roxa, muito machucada", idem "Ele achava que eu influenciava negativamente a Eloá. Ele achava que ela tinha terminado o namoro por minha causa. Ele me odiava e odiava minha mãe", idem "Tomei remédio, mudei de escola. E ainda tenho cirurgias para fazer", sobre o trauma pelo drama vivido |
Ele dizia que ia fazer uma besteira"
Victor de Campos
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Victor de Campos, estudante e amigo de Eloá, o segundo a depor no júri: "Ele dizia que ia fazer uma besteira. Me deu uma coronhada porque achou que eu tinha algo com a Eloá", sobre a agressividade do réu "Vou atirar em um de vocês para botarem fé em mim", repetindo o que Lindemberg teria dito |
"Fiz tratamento psicológico para me curar do trauma
Iago Vilera
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Iago Vilera, amigo de Eloá que também estava no apartamento, o terceiro a depor: "Eu vi o Lindemberg perseguindo a Eloá, passando de moto e encarando os amigos de forma ameaçadora", sobre o ciúmes do réu com a namorada "Fiz tratamento psicológico para me curar do trauma", sobre a violência sofrida |
O tiro passou a 30 centímetros da minha cabeça"
Atos Antonio Valeriano
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Atos Antonio Valeriano, sargento da Polícia Militar, o quarto a depor na segunda-feira: "O tiro passou a 30 centímetros da minha cabeça", sobre a agressividade demonstrada por Lindemberg |
Ele é um bom rapaz, é ingênuo"
Ana Lúcia Assad
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Ana Lúcia Assad, advogada de defesa: “Ele é um bom rapaz, é ingênuo”, antes do início do júri "Teve dramatização demais, ela estava bem orientada, simulou choro", sobre o depoimento de Nayara Rodrigues |
[...] O pai não o encontrava muito, mas não esperava esse tipo de crime [...]"
Thiago Pinheiro
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Thiago Pinheiro, advogado que representa o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos, preso em Alagoas "Foi uma surpresa, já que o rapaz era próximo da família. O pai não o encontrava muito, mas não esperava esse tipo de crime. Não sei o que ele faria se estivesse no mesmo presídio de Lindemberg, por exemplo", sobre a revolta de Everaldo com o assassinato da filha |
Segundo dia
Ele é um monstro, um louco, agressivo"
Ronickson Pimentel dos Santos
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Ronickson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá: Ronickson Pimentel dos Santos, irmão da estudante Eloá Pimentel, o quinto a depor: "Ele é um monstro, um louco, agressivo", definindo a personalidade de Lindemberg "Ele era agressivo, sempre arrumava brigas por futebol", idem "O que ele fez foi uma traição. Lindemberg tirou todos os sonhos da Eloá. E o que ela mais queria era ser veterinária”, sobre o sentimento em relação a Lindemberg |
Não vi arrependimento nenhum"
Ana Cristina Pimentel
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Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, em entrevista à imprensa: “Não vi arrependimento nenhum”, sobre ter olhado nos olhos do réu “O que eu entendi foi que eu não falasse mal dele”, sobre Lindemberg ter balbuciado algo para ela no júri |
Eu vou abandonar o júri. Eu vou embora"
Ana Lúcia Assad
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Ana Lúcia Assad, advogada de defesa: "Não concordo que essa testemunha seja ouvida. Eu quero dispensá-la”, sobre a possibilidade de Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, prestar depoimento como testemunha de acusação no segundo dia do júri "Eu vou abandonar o júri. Eu vou embora”, idem “Todos são, no ponto de vista, co-responsáveis, inclusive a sociedade”, imputando parte da culpa pela morte de Eloá à PM, em entrevista à imprensa "Você precisa voltar a estudar", ao questionar ponto técnico do julgamento em discussão com a juíza Milena Dias |
Se a gente tem dúvida da posição de alguma das vítimas, o tiro não é executado"
Capitão Adriano Giovanini, do Gate
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Capitão Adriano Giovanini, do Gate: “Durante as negociações, ele não demonstrava medo”, a respeito do comportamento de Lindemberg “Se a gente tem dúvida da posição de alguma das vítimas, o tiro não é executado”, sobre o fato de os policiais não terem atirado no jovem “Naquela situação, não tínhamos equipamentos de escuta”, sobre o uso de copos para escutar o que se passava no apartamento de Eloá “Houve um excesso de confiança da Nayara”, ao negar ter combinado com a amiga de Eloá seu retorno ao apartamento |
Terceiro dia
Tô vivo e a matei"
Lindemberg, segundo relato do tenente Paulo Sérgio Squiavo
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Tenente Paulo Sérgio Squiavo, que comandava a equipe do Gate que invadiu o apartamento: |
Ele [Lindemberg] nunca se pronunciou, é o primeiro momento que
vai dar a versão dele. Ele está calmo, tranquilo, focado, está preparado
para falar"
Ana Lúcia Assad
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Ana Lúcia Assad, advogada de defesa: "Eu não oriento ninguém. Não oriento cliente nem testemunha. Ele vai falar a verdade e estou aqui para garantir que seja julgado com lisura", sobre o interrogatório de seu cliente, previsto para esta quarta-feira (15) |
Quero pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor"
Lindemberg Alves
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Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel: "Estou aqui para falar a verdade, afinal, tenho uma dívida muito grande com a família dela" "Eu era muito amigo da família" "Quando a polícia chegou, fiquei apavorado. Não sabia o que fazer" "Estávamos conversando os três no sofá. Infelizmente aconteceram algumas reações. A polícia estourou a porta e eu tomei um susto. Ela ameaçou um movimento e eu infelizmente atirei" "Pensei que ela pudesse vir para cima de mim. Eu vi o movimento e atirei. Foi tudo muito rápido" "Não me recordo [de ter atirado em Nayara]" "Quando fui ver, já estava sendo agredido pelos policiais. Foi todo muito rápido. Não tinha intenção" "Tiraram o contato com a minha irmã e começaram a tirar as pessoas do local. Foi uma quebra de confiança. Eu fiquei na dúvida com a polícia" "Ela [Eloá] gritava alto e fazia barraco" "Eu estava muito nervoso e tomei atitudes impensadas. Atirei para o chão para manter a polícia longe do apartamento" "O ambiente no apartamento não era favorável para que nós descêssemos. Eu aguardava esse momento" "Estou aqui para ser o mais transparente e autêntico possível" "Entrei aqui vivo e vou sair morto", falou Lindemberg por telefone ao policial que negociava com ele “Eu conhecia o Iago e a Nayara, mas o Victor eu não conhecia” "Ela ameaçou um movimento e eu infelizmente atirei" "Pela perda da família, eles são as vítimas. Se estou encarcerado, estou pagando por algo que eu fiz" "Puxei [a arma] da cintura e mostrei para ela parar de gritar" "O ambiente no apartamento não era favorável para que nós descêssemos. Eu aguardava esse momento |
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