segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cariri-CE: Obra feita para crianças mostra era dos dinossauros


A cartilha Descobrindo os tesouros do Cariri apresenta, de forma didática, como se deu a formação da Bacia e da Chapada do Araripe. Explica ainda as composições fósseis da região
Lana Luiza e Alexandre Sales são os autores da cartilha /TARSO ARAÚJO/ESPECIAL PARA O POVO
Falar dos fósseis de forma pedagógica. Esse foi o principal desafio do professor Alexandre Sales e da mestranda da Universidade Federal do Ceará (UFC) Lana Luiza, um casal de pesquisadores que juntos escreveram uma cartilha infantil e ilustrada Descobrindo os tesouros do Cariri. O trabalho revela em quadrinhos, letras destacadas e leitura fácil o universo do tempo dos dinossauros, ressaltando a fauna e flora da Bacia Fossilífera do Araripe.
Lana Luiza destaca que é uma novidade, no Cariri, alguém escrever sobre esse tema para a criançada. “A ideia era explicar para as crianças como se formam os fósseis aqui. A Geologia e a Paleontologia são ciências, em geral, restritas à universidade”, afirma. Para ela, o livro busca divulgar mais o que é a paleontologia numa região que tem marcantes traços da sua história sendo estudados por paleontólogos.
O Povo Online
“Estamos numa região extremamente conhecida no mundo inteiro para a Paleontologia. Os turistas e pesquisadores vêm para cá interessados em conhecer e estudar os fósseis, mas poucas pessoas da região sabem realmente para que essa ciência se destina ”, avalia.
A obra ainda faz um convite aos leitores para conhecerem quatro museus no Cariri, que guardam fósseis e material arqueológico: museu de Santana do Cariri; Lima Botelho, em Jardim; museu do Departamento Nacional de Produção Mineral, em Crato; e a Fundação Casa Grande, em Nova Olinda.
O trabalho foi aprovado pelo Governo do Estado, contemplado em edital da Secretaria Estadual da Cultura do (Secult) e transformado em cartilha. Cerca de 600 exemplares foram entregues à Secretaria para distribuição nas escolas estaduais.
Outra parte interessante desse trabalho, segundo Lana, são as palestras feitas nas escolas
Para o professor Alexandre Sales, paleontólogo da Universidade Regional do Cariri (Urca), a cartilha e as palestras têm como intuito divulgar o campo da Paleontologia. “É preciso que as pesquisas se ampliem”, diz.
O quê


ENTENDA A NOTÍCIA
A cartilha infantil Descobrindo os tesouros do Cariri relata desde a separação do antigo continente Pangeia, mostrando como se formaram a Bacia do Araripe, seus fósseis e o planalto elevado da Chapada.
Serviço
Descobrindo os tesouros do Cariri
Autores: Lana Luiza e Alexandre Sales
Número de páginas: 37
Ilustração: Diana Medina


 Saraiva Da Nova 105 FM


Blindada no Congresso, CPI do Cachoeira vai parar na internet

Com vazamento de dados, escândalo se torna o primeiro da era das redes sociais
Na mesma semana em que mais uma atriz viu sua intimidade exposta na internet, deputados e senadores decidiram tornar secretas as primeiras reuniões da CPI mais explosiva desde o escândalo do mensalão, de 2005.
Preocupados com o sigilo das informações colhidas pela Polícia Federal, os parlamentares montaram um esquema para blindar os trabalhos da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em duas sessões com portas fechadas, realizadas na terça (8) e na quinta-feira (10), o Congresso ouviu os delegados que conduziram as apurações.
Mas, apesar do bloqueio, dados das operações da PF que servem de base para os trabalhos da CPI vazaram e foram parar na internet. A quebra do sigilo deixou no ar uma pergunta: com a popularização da internet e a chegada das redes sociais, que permitem compartilhar conteúdo em velocidade inédita, é possível manter em segredo um assunto de tamanha importância?

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Nos últimos dias, a internet mostrou seu poder para furar a privacidade. Na sexta-feira da semana passada (4), fotos da atriz Carolina Dieckmann nua caíram na rede depois que seu computador foi invadido por um hacker. Em questão de minutos, as imagens se espalharam e foram parar até em sites estrangeiros.
Enquanto a privacidade alheia era debatida nas redes sociais, os parlamentares blindavam as sessões da CPI e tentavam proteger as informações do caso Cachoeira em uma sala montada no Senado com um rígido esquema de segurança.
Como o processo corre sob segredo de Justiça, os deputados e senadores alegaram que era necessário proteger o resultado das apurações já feitas pela polícia.
O pedido para trancar as portas das primeiras sessões da comissão, em que foram ouvidos os delegados Raul Alexandre Marques Sousa e Matheus Mella Rodrigues, partiu do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) e da senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
Eles evocaram o ministro do STF Ricardo Lewandowski, que liberou os dados em poder da Corte com uma advertência: “observar as restrições de publicidade inerentes aos feitos sob segredo judicial” e “manter o rígido sigilo na prestação de informações de qualquer material desta investigação parlamentar”.
Por 17 votos contra 11, o pedido foi aceito, mas não sem protesto, como o do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que saiu dizendo que “o conteúdo vazaria de qualquer maneira”.
Para a cientista política Maria do Socorro Souza Braga, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), a internet tornará cada vez mais difícil a tarefa de deixar a população longe das CPIs.
Ela lembra que até um dos inquéritos analisados pela comissão vazou primeiro na web. O site Brasil 247 anunciou a publicação de 40 gigabytes de informações da operação Monte Carlo da seguinte forma: “saiba aqui o que nem a CPI sabe”.
Para Maria do Socorro, a circulação das informações na internet podem ajudar a opinião pública a interferir diretamente na condução das investigações no Congresso.
— Isso será possível no médio prazo, mas vai depender da organização das redes. Como a internet tem uma linguagem informal, os jovens poderão se aproximar da política.
A cientista diz que se trata de uma “forma de democracia participativa direta, quase como um plebiscito”.
— Pela internet, as pessoas poderão pressionar partidos, bancadas. À medida que o cidadão percebe que esse meio pode ser mais rápido para pressionar, ele vai aderir.
Ao R7, o senador Paulo Davim (PV-PR), que votou contra o fechamento das sessões da CPI, afirmou que manter o sigilo em tempos de internet “é um contrassenso”.
— As informações acabam vazando. É difícil segurar o sigilo. Sempre há um comentário do membro [da CPI] com alguém que trabalha com ele, ou com a família. O risco são as informações que foram mal ouvidas e mal interpretadas vazarem. Pode acontecer um mal entendido.
Enquanto políticos tentam blindar uma CPI e a atriz reclama do fim de sua privacidade, há quem adore os holofotes proporcionados pelo ambiente virtual.
Também na semana passada, a terapeuta ocupacional Sabrina Ferigato, de 30 anos, ficou conhecida por compartilhar o nascimento de seu filho na internet. O objetivo era propagar a ideia do “parto humanizado”. O vídeo já foi visto por mais de 2 milhões de pessoas.
R7*

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