Vários tiros foram disparados contra o carro de som de campanha que era
dirigido pelo candidato. Os três assassinos ainda perseguiram Elias
Alves e o mataram com uma facada no pescoço. A vizinhança ouviu os
gritos de socorro (Foto: Natasha Mota/Diário do Nordeste)
O candidato a vereador e agente penitenciário Elias Alves da Silva, 27,
foi assassinado, na noite de ontem, no bairro Aracapé (Zona Sul da
Capital). Além dele, o locutor Emanoel Ferreira Filho, 43 (deficiente
visual), que estava no veículo de campanha do candidato, também foi
baleado e levado por moradores para o ´Frotinha´ de Parangaba.
De acordo com o cabo Valmir, fiscal do Ronda do Quarteirão, Elias guiava
o Chevette, de placas HVL-7723, e fazia campanha pelo bairro Aracapé,
quando teve o veículo interceptado por três homens não identificados, na
Rua Doutor Procópio.
Os pistoleiros efetuaram vários disparos e atingiram Emanoel. Elias
desceu do carro e tentou fugir dos matadores, mas foi perseguido por
cerca de 50 metros. "Estava dentro de casa, ouvi tiros e uma pessoa
pedindo socorro, gritando para alguém abrir a porta. Quando saí,
encontrei esta cena aí".
O morador, que pediu para não ser identificado, se referia ao corpo do
candidato do Partido dos Democratas (DEM), apresentando um profundo
golpe no pescoço, que quase o degolou. Parentes de Elias Alves chegaram
rapidamente ao local do crime e não se conformavam com a violência.
Raimundo Ferreira, cunhado da vítima, disse que ele era evangélico e não
"apoiava coisa errada".
Antes de licenciar-se para concorrer a uma vaga na Câmara dos Vereadores
de Fortaleza, o agente trabalhava na Casa de Privação Provisória de
Liberdade I (CPPL) I), em Itaitinga.
Ameaças
Segundo um agente (identidade preservada) do Serviço de Inteligência da
Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), o crime pode ter ligação com o
trabalho de Elias na CPPL. "Os presos disseram que iriam matar qualquer
agente da nossa unidade".
Conforme o colega de trabalho de Elias, ele já havia recebido ameaças de
morte há cerca de seis meses dentro do presídio. "Acredito que eles
descobriram que ele estava andando desarmado por aqui e praticaram o
crime", revelou.
O major PM Océlio Alves, que estava na Supervisão de Policiamento da
Capital na noite de ontem, compareceu ao local do crime e orientou as
patrulhas na caça aos acusados. "Estamos buscando informações das
testemunhas. O agente era muito rígido no trabalho dele e o crime pode
ter sido motivado por isso", afirmou o oficial.
Fonte: Diário do Nordeste
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