O prefeito do município de Mauriti, Isaac Júnior (PT), sofreu na noite
de ontem, terça-feira (25), por volta das 19h30, um atentado a bala
quando se deslocava do distrito de São Miguel em direção ao Sítio Novo,
distrito de Palestina. O carro em que ele viajava, uma Hilux preta, foi
alvo de quatro disparos de arma de fogo.
Nenhum dos tiros atingiu o automóvel, mas deixou o prefeito e mais três
ocupantes assustados com o ocorrido. Estavam no carro, o vereador Sérgio
Tavares e mais o sogro e um cunhado do prefeito.
Viaturas da Polícia Militar (PM), sob o comando do subtenente Marcos,
com o apoio da Força Tática de Apoio (FTA) de Brejo Santo, foram
acionadas ao local, mas os atiradores já haviam tomado rumo ignorado. As
polícias Militar e Civil estão apurando as causas e autores materiais,
mas preferem manter as investigações em sigilo.
O prefeito Júnior participava de atividades políticas do seu candidato a
prefeito, Evanildo Simão (PT), por isso, a coordenação da campanha não
descarta motivação política. Segundo informou, Isaac Júnior não tem
inimigos, nem se envolveu em qualquer polêmica nos últimos meses.
O prefeito Isaac Júnior foi ouvido, hoje pela manhã, pelo delegado da
Polícia Civil de Mauriti, Julio Cezar Agrale Lobo.
Reforço policial
Tudo indica que o pleito eleitoral deste ano será um dos mais
conturbados dos últimos tempos. Esse já é o segundo atentado a bala, de
que se tem notícia, nos últimos oito dias. Na quarta-feira passada, dia
19, a prefeita de Orós, Maria de Fátima Maciel Bezerra, teve sua casa
alvejada por disparos de arma de fogo.
Fora esses atentados, existem várias denúncias de intimidação, como em
Nova Olinda; agressões, como em Tarrafas; além de crimes eleitorais como
em Juazeiro e Crato. E esses estão sendo, segundo o coordenador do
Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Caopel), promotor público
Raimundo Neto, os mais denunciados.
O promotor anunciou a antecipação de reforço policial para 30
municípios, em consequência do clima de intranquilidade, envolvendo o
acirramento de grupos políticos rivais. Em Trairi e Cariús, já foi
expedido mandado de busca e apreensão e houve prisões por compra de
votos.
O comando da segurança pública estadual anunciou que os municípios onde
houver mais tensões e denúncias de crimes eleitorais, receberão mais
efetivos de policiais militares, civis e federais, não descartando,
inclusive, a presença da Força Nacional de Segurança.
Mas, a questão é a seguinte: como será feita essa seleção? É notório que
não há efetivo para todos os municípios e nesse período, por menor que
seja, sempre há acirramentos nos últimos dias que antecedem a eleição.
Resta o apelo ao bom-senso dos candidatos e coordenadores no controle de
suas militâncias e ativistas políticos para que tenhamos um pleito sem
maiores problemas. Agora sobre os casos de Orós e Mauriti, é preciso uma
investigação célere para encontrar e punir os culpados. A sociedade não
pode ficar sem respostas. A final, ambos os casos podem ser
considerados tentativas de homicídio. E política não é isso!
Fonte: Miséria
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