MP denunciou dez integrantes da banda de pagode New Hit por estupro
qualificado, formação de quadrilha, com características de crime
hediondo (Foto: Reprodução/Facebook)
O Tribunal de Justiça da Bahia deferiu nesta terça-feira (2) o pedido de
habeas corpus a favor dos dez integrantes da banda de pagode New Hit.
De acordo com o advogado Kleber Andrade, que defende oito suspeitos,
eles podem sair até o fim da tarde do presídio de Feira de Santana. O TJ
informou que nenhum deles possuem antecedente criminal e todos têm
residência fixa. O pedido foi julgado pelo desembargador Lourival
Almeida Trindade.
O Ministério Público denunciou à Justiça, também nesta terça-fe ira, os
integrantes por formação de quadrilha, com características de crime
hediondo.
Foram denunciados Alan Aragão Trigueiros, Carlos Frederico Santos de
Aragão, Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro
Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos,
Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo
Borges Lopes e William Ricardo de Farias.
A decisão foi da promotora da cidade de Ruy Barbosa, Marisa Marinho
Jansen Melo de Oliveira. No texto, ela destacou que “as adolescentes
foram abusadas mediante extrema violência, por repetidas vezes e em
alternância, conjunção carnal e atos libidinosos diversos em razão do
que foram presos em flagrante”. Todos os atos descritos na denúncia
foram comprovados por testemunhos e laudos periciais que comprovaram
ainda a presença de fluídos sexuais nas roupas dos acusados, além de
sangue e sêmen nas roupas das vítimas, de acordo com a promotora.
O caso ocorreu no dia 26 de agosto após uma apresentação do grupo em um
carnaval fora de época na cidade de Ruy Barbosa. Elas contaram à polícia
que foram estupradas dentro do ônibus da banda, onde entraram para
tirar fotos com os integrantes. A dupla afirmou que foi levada ao
banheiro do veículo e as duas foram violentadas pelos rapazes, que
agiram em duplas.
A decisão do MP conta que, ao entrar no ônibus, as garotas passaram a
ser “vítimas de atitudes libidinosas" por parte dos dançarinos Alan,
Wesley e Guilherme, bem como do vocalista de vulgo Dudu, tendo as "duas
jovens os repreendido". Uma delas foi “puxada pelos cabelos” por
William, vulgo Brayan, que “desferiu-lhe tapas no rosto e, brutalmente, a
arrastou para dentro do banheiro”.
Lá, juntamente com Weslen, vulgo Gagau, iniciaram a primeira sessão de
estupro, estando a vítima “totalmente acuada e impossibilitada de
oferecer resistência”. Embora tenha tentado se desvencilhar dos
agressores e escapar, a vítima foi mantida no banheiro para que outros
dois membros, desta vez Michel e Guilherme, passassem a estuprá-la na
sequência. Durante todo o tempo, a adolescente era xingada e agredida
fisicamente. Esta mesma vítima ainda foi estuprada, ato contínuo, por
Alan, vulgo Alanzinho e Edson dos Santos.
Fonte: R7
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