Seis dos dez acusados de estuprar cinco mulheres e matar duas delas irão
cumprir penas que, somadas, chegam a 184 anos e seis meses de prisão.
As sentenças foram dadas na manhã desta quinta-feira (25) pela juíza
Flávia Baptista Rocha, da comarca do município de Queimadas (distante
133 quilômetros de João Pessoa), no Agreste da Paraíba.
A magistrada condenou Luciano dos Santos Pereira a 44 anos de prisão;
Luan Barbosa Casimiro a 27 anos; Fernando França Silva Junior a 30 anos;
Jacó Sousa a 30 anos; José Jardel Souza Araújo a 27 anos; e Diego
Domingos a 26 anos e seis meses. Todos foram condenados por estupro,
formação de quadrilha, porte ilegal de armas e cárcere privado.
Segundo o Ministério Público da Paraíba, os seis acusados não foram a
júri popular porque não foram denunciados pelos assassinatos das jovens
Isabela Pajuçara e Michele Domingos. As duas jovens foram mortas após
uma festa no dia 12 de fevereiro de 2012.
Acusado de ter planejado todo o crime, Eduardo Pereira dos Santos, de 35
anos, foi pronunciado na última segunda-feira pela juíza da comarca do
município e irá a júri popular. Será julgado pelos crimes de duplo
homicídio qualificado, estupro, formação de quadrilha, cárcere privado e
porte ilegal de armas. Caso condenado, poderá pegar até 133 anos de
prisão.
O júri pode ser realizado no início de 2013. Em uma festa de aniversário
para Eduardo, sete adultos e outros três adolescentes - que cumprem
medida socioeducativa no Lar do Garoto, em Campina Grande - simularam
uma invasão na casa e estupraram as convidadas do anfitrião. Como duas
delas teriam reconhecido os agressores, eles as executaram.
A polícia descobriu que o plano foi arquitetado pelos irmãos Eduardo e
Luciano Pereira dos Santos, de 22 anos. O estupro seria "um presente" de
Luciano para Eduardo. Eles estão detidos no presídio de segurança
máxima PB1, que fica na capital paraibana, assim como os outros
acusados: Everton Silva Santos, Jacó Sousa, Diego Domingos, Luan Barbosa
Nascimento e Fernando França Júnior.
Segundo o promotor Márcio Teixeira, que acompanha o caso pelo Ministério
Público, os sentenciados não foram a júri popular porque não foram
denunciados pelos assassinatos das jovens Isabela Pajuçara e Michele
Domingos.
Portal Correio
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