Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta, na
Venezuela. (Foto: Juan Barreto/France Presse)
O agravamento do estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez,
levou à suspensão nesta segunda-feira dos festejos públicos de fim de
ano em Caracas e espalhou a angústia entre os partidários, que encheram
as redes sociais com mensagens de ânimo.
Chávez apresenta "novas complicações" após a operação a qual foi
submetido em Havana em 11 de dezembro contra um câncer, anunciou o
vice-presidente Nicolás Maduro no domingo, em uma mensagem transmitida à
nação e divulgada por todas as redes de televisão.
Em 1977, após se formar em Ciências e Artes Militares, Chávez torna-se
tenente do Exército e vai viver na cidade de Maracay. (Foto: AFP)
Maduro é o sucessor designado por Chávez e está em Havana.
Nesta segunda, as ruas da capital amanheceram tranquilas. Os jornais
dedicaram as primeiras páginas à notícia. "Não sei o que irá acontecer
com Chávez, mas nunca havíamos passado um Natal assim, só Deus sabe o
que acontecerá com ele e conosco", disse Miguel Enrique, um aposentado
de 70 anos do leste de Caracas que estava prestes a entrar na missa.
O tradicional show para encerrar o ano, na Praça Bolívar, foi
imediatamente cancelado. Autoridades convidaram "as famílias de Caracas e
as venezuelanas em geral a esperar o Ano-Novo reunidas em cada lar, em
uma oração de fé e esperança pela saúde" de Chávez, disse o ministro da
Informação, Ernesto Villegas.
No site Twitter, as hashtags #ForçaChávez, #ChávezViveráeVencerá e
#EuAmoChávez acompanhavam centenas de mensagens escritas por membros do
alto escalão do governo venezuelano, mas também por cidadãos anônimos.
Os opositores de Chávez também reagiram às notícias de Havana. "Não
quero que Chávez morra. Ficaríamos muito mal como povo se uma doença
precisasse fazer nosso trabalho para retirá-lo do poder", disse Enrique
Vásquez (@Indiferencia).
O presidente foi operado em 11 de dezembro pela quarta vez para a
retirada de um câncer detectado em meados de 2011 e, desde então, o
governo informou em conta-gotas a evolução de seu estado de saúde.
"Decidimos permanecer nas próximas horas em Havana acompanhando o
comandante e sua família, muito atentos ao processo de evolução", disse
Maduro.
"Acreditamos que a avalanche mundial de amor e solidariedade em direção
ao comandante Chávez junto a sua imensa vontade de vida e o cuidado dos
médicos especialistas ajudarão nosso presidente a travar com êxito esta
nova batalha", acrescentou Maduro, que também ocupa o cargo de
chanceler.
Chávez, 58, foi reeleito no dia 7 de outubro e a posse estava prevista
para 10 de janeiro perante a Assembleia Nacional, segundo dita a
Constituição. No entanto, o governismo afirmou que a data é adiável se o
presidente não estiver neste dia em condições de reassumir o poder. Ele
deverá receber um novo mandato de seis anos de duração.
Pouco após a divulgação da notícia por Maduro de Havana, o ministro da
Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, rejeitou no canal oficial VTV
os rumores que se intensificaram nas últimas horas nas redes sociais
sobre a suposta morte do presidente.
Fonte: AFP, EM CARACAS
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