terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Carros podem sair da fábrica já equipados com bafômetro no Brasil


Uso do bafômetro hoje se restringe às blitze, que se intensificaram no País todo depois da lei seca (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABR) A Câmara dos Deputados analisa proposta que determina a instalação de bafômetros em veículos de frota. Pela proposta, o condutor deverá fazer o teste de nível alcoólico sempre antes da partida do veículo. Caso o resultado seja acima de um parâmetro pré-estabelecido, a partida será bloqueada. A medida está prevista no projeto de lei do deputado Manato (PDT-ES). De acordo com a proposta, a instalação do aparelho será obrigatória em veículos destinados ao transporte escolar, em táxis e em frotas de caminhões, ônibus e vans. Esse será um item de fábrica obrigatório para veículos desses tipos produzidos a partir de 2014. O autor do projeto explicou que esses aparelhos já foram testados nos Estados Unidos e na Suécia. Segundo ele, o custo de instalação seria de aproximadamente R$ 1 mil por veículo. “É um valor baixo se comparado aos prejuízos e acidentes caríssimos que a direção combinada com álcool pode acarretar. Ademais, as empresas teriam um gasto que, com certeza, seria mínimo em relação aos enormes prejuízos causados por acidentes no trânsito que, espera-se, diminuiriam muito”, argumentou. Pelo texto, as empresas que descumprirem a nova regra estarão sujeitas a multa. Além disso, os condutores condenados por dirigir alcoolizados e causar acidentes terão penas mais duras. O valor das multas, o tamanho das penas e os níveis de álcool permitidos no organismo dos motoristas serão definidos em um regulamento específico elaborado pelo Executivo. Mais punições O especialista em trânsito Luís Miura disse que o comportamento dos condutores que continuam infringindo a Lei Seca é uma questão cultural, indo além da simples criação de leis mais duras. “O brasileiro é mal acostumado a cumprir leis. Enquanto não houver fiscalização rigorosa, pressão forte, continuaremos com problema”, explica. O pesquisador de trânsito da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em políticas públicas de transportes, Artur Morais, disse que o brasileiro vai começar a respeitar a lei a partir do momento em que ela cumprir o objetivo proposto. “Não é o aumento do valor que vai fazer a pessoa cumprir a lei, é a fidelidade da pena. Quando o cidadão tiver a certeza de que ela será aplicada igualmente a todos e com rigor, vamos começar a respeitá-la”. Fonte: O Povo

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