terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Motorista pego falando ao celular vai responder por homicídio doloso


Os réus serão julgados por um júri popular e estarão sujeitos a penas mais severas.
15/01/2013 - 08:09
Penas serão mais severas.
Penas serão mais severas.
Foto: Reprodução

Já é consenso que falar ao celular enquanto dirige leva perigo ao trânsito, agora, esse ato poderá trazer maiores complicações aos motoristas. No entanto, isso não intimida os motoristas que continuam com essa prática. Em Teresina, foram registrados, em 2012, só pela Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran), mais de 300 notificações de motoristas que falam ao celular enquanto dirigem.
No entanto, perante a lei, essa ação de usar o celular combinado com o volante virou algo bem mais sério. O motorista que provocar um acidente ou atropelar alguém por estar falando ao celular enquanto dirige deve responder por crime doloso, ou seja, intencional. Na prática, a decisão do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, significa que, nesses casos, os réus serão julgados por um júri popular e estarão sujeitos a penas mais severas do que se condenados por um crime culposo, quando não é intencional.
“Em Teresina é muito comum encontrarmos nas nossas blitzen motoristas dirigindo e falando ao celular ao mesmo tempo, apesar da fiscalização rígida em relação a isso. Esse número de 320 infrações não demonstram a realidade, pois além dos dados da Ciptran, tem ainda os registros do Strans”, disse o comandante da Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran), Major Adriano Lucena.
Segundo o major, o perigo que os motoristas que falam ao celular enquanto dirigem levam ao trânsito, é semelhante ao perigo causado por quem dirige alcoolizado. “Uma pesquisa já comprovou esse perigo e mostrou essa semelhança. Para se ter uma ideia, ao falar ao telefone enquanto dirige, o motorista percorre, em seis segundos, seis metros sem ver praticamente nada a sua frente. Ou seja, isso é um perigo muito grande e são enorme os riscos de acidentes”, afirmou.
FONTE: Pollyanna Carvalho

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