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Movimentação de usuários de crack na região central de São Paulo (Foto: Diogo Moreira/Frame/Estadão Conteúdo)
"Ele passou a noite inteira de ontem usando crack na rua. Consegui encontrá-lo e pedi que dormisse em casa para que fossemos a um médico fazer exames hoje. Para conseguir trazê-lo, coloquei calmante na sua comida durante o café da manhã", conta a filha.
Ana Paula chegou com o pai e uma amiga ao Cratod em um carro particular. "Estive aqui ontem e não souberam me informar qual serviço de resgate poderia trazê-lo. Então, acabei trazendo eu mesma."
A secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, disse hoje, durante o lançamento do programa, que qualquer um pode ligar para o resgate (192, do Samu) em busca de auxílio para internar um parente ou amigo.
A internação, uma parceria entre o governo do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, OAB-SP e Defensoria Pública, começou hoje no Cratod.
Grupos de agentes de saúde farão abordagens de usuários de drogas nas ruas, visando àqueles com saúde debilitada, às grávidas e às crianças. Em seguida, o resgate será acionado, e os indivíduos serão encaminhados para pronto-socorros. Lá, uma equipe médica vai avaliar a necessidade da internação. Caso o paciente se recuse, ele será encaminhado para o Cratod, onde um plantão com defensores públicos, advogados, membros do Ministério Público e agentes de saúde vai avaliar o caso. Um juiz de plantão no local deve autorizar ou não pedidos de internação compulsória.
Fonte: Uol
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