quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mãe luta por leite especial para filha de 8 anos que pesa apenas 10 kg

Produto foi suspenso pela Secretaria de Saúde de Anápolis, GO.
Menina com paralisia cerebral está bebendo só metade do que foi receitado.

Do G1 GO, com informação da TV Anhanguera

Há cerca de dois meses, sentimentos de agonia e desespero tomam conta da casa da servidora pública Andréia Gabriel Alves, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O sofrimento é porque a filha mais velha, Julia Gabriele, tem paralisia cerebral e necessita de cuidados especiais, entre eles um leite especial, que foi suspenso pela Secretaria Municipal de Saúde. A criança tem 8 anos e pesa apenas 10 quilos.
Para comprar o leite de apenas uma única marca, a mãe precisa então desembolsar R$ 40 reais por lata, sendo que a menina precisa consumir 12 latas de leite por mês. O pior, diz a mãe, é que cada uma delas dura apenas três dias.
Como a filha é alimentada somente por uma sonda e tem grande facilidade para perder peso, uma nutricionista receitou o leite especial. O indicado, segundo Andréia, é que ela ingerisse cinco colheres do produto dez vezes ao dia, mas, por causa da dificuldade em conseguir o produto, ela está tomando apenas a metade do que foi receitado. De acordo com a mãe, o leite é dado à filha sempre intercalad
“É um descaso. Minha filha depende totalmente de mim, ela não anda, não senta, é acamada. Toda a rotina dela no dia é feita com a ingestão do leite, mas como ela não está tomando, vai emagrecendo cada vez mais”, desabafa Andréia, que tem outros dois filhos, uma menina de 4 anos e um menino de apenas 10 meses.
Desesperada e sem condições financeiras para custear o tratamento, Andréia diz que não sabe o que fazer e pede ajuda às pessoas que se solidarizarem com o caso. Ela lembra que também precisa cuidar dos outros dois filhos e o salário que ganha, cerca de R$ 721, está ficando todo na compra dos leites.
“Eu nem sei como vou fazer com as contas. Na verdade, o dinheiro do meu marido nos ajuda nisso. Mas só de leite gastamos cerca de R$ 500, fora os medicamentos, fraldas descartáveis antialérgicas e a sonda dela, que de 8 em 8 meses precisa ser trocada por uma no valor de mil reais. Eu tenho meus outros filhos e preciso cuidar deles também”, relata.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Anápolis informou que, neste momento, não está contemplado o fornecimento de leites especiais e que o único meio de fornecer o suplemento é através de uma licitação "que pode levar algum tempo".

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