Menina de 15 anos, que aparece em vídeo, fazia sexo com padre uma vez por mês há um ano
Rafael Soares
As investigações sobre o caso do padre Emilson Soares Corrêa, já
indiciado por estupro de uma menina de sete anos, ganharam novo
personagem. A menina de 15 anos que aparece em um vídeo — divulgado pelo
EXTRA na última terça-feira — fazendo sexo com o religioso na casa
paroquial da Igreja Nossa Senhora do Amparo foi depor ontem na
delegacia. Ela confirmou, em seu depoimento, que participou do flagra
armado pelo pai das duas meninas que acusam o padre de estupro e
afirmou que mantinha relações sexuais mensalmente com o padre desde os
14 anos. No relato, a menina afirma que ele oferecia pequenas quantias
em dinheiro a ela.
— Ela disse claramente que aquela não foi a primeira vez. O
relato da menor se aproxima muito do depoimento da outra menina, de 19
anos, também seduzida com presentes — afirmou a delegada Marta
Dominguez, da Deam de Niterói.
Ela, porém, deixa claro que, apesar de a menina ser menor de idade, o ato sexual não configura crime:
— Ela tinha mais de 14 anos e não houve violência ou ameaça.
Embora
o depoimento da menor não tenha produzido efeitos no inquérito, a
situação do padre ficou mais complicada ontem. Um novo relato da menina
de 19 anos, que também aparece no vídeo, resultou em novo indiciamento
do padre por estupro. A jovem relatou à delegada que o padre a convenceu
a fazer sexo oral com ele quando ela tinha apenas 13 anos. O episódio
teria acontecido na banheira de hidromassagem em formato de coração que o padre tinha em sua casa paroquial.
—
O novo indiciamento deixa o padre em situação mais difícil. Se a
denúncia for aceita pelo Ministério Público, ele pode incorrer em
concurso material, pois cometeu o crime mais de uma vez — explicou a
delegada.
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