terça-feira, 5 de março de 2013

240 mil cearenses deixarão situação de extrema pobreza










Especialistas destacam que condições inadequadas de moradia, de saneamento, de coleta de lixo e de serviços públicos essenciais, como saúde e educação, também podem indicar a condição de miséria (Foto: Kid Júnior/Diário do Nordeste)
A partir do próximo dia 15 de março, exatos 239.983 cearenses, ou cerca de 90 mil famílias, deixarão de viver em situação de extrema pobreza. O "salto" será possível através de uma ampliação do Bolsa Família, que prevê, com início nesta data, uma maior transferência de renda para brasileiros que já estavam inscritos no programa, mas que ainda possuíam um rendimento mensal per capita inferior a R$ 70, valor considerado mínimo pelo governo federal para que alguém não seja considerado extremamente pobre.

Conforme esclareceu a assessoria de comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - pasta responsável pelo Bolsa Família e fonte dos dados citados - os aumentos nos repasses serão suficientes apenas para que as pessoas beneficiadas ultrapassem em R$ 2 a linha dos R$ 70 (por indivíduo), para que, assim, deixem oficialmente esta situação.

Por exemplo, se uma família de cinco brasileiros tem uma renda mensal de R$ 300, o que representa R$ 60 para cada, o governo federal transferirá mais R$ 60 (R$ 360 no total), fazendo com que a conta chegue a R$ 72 para cada um deles.

Diferença significativa
Carlos Manso, professor de economia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador de questões ligadas à pobreza, reconhece que a iniciativa do Planalto é válida, pois, por mais que a quantidade de dinheiro a mais no bolso dos beneficiados seja aparente pequena, uma renda um pouco maior faz "muita" diferença no cotidiano de famílias em estado de carência absoluta.

"No entanto, é preciso ter cuidado e entender que a extrema pobreza, no Brasil, está muito além da renda mensal, mas também envolve condições inadequadas de moradia, de saneamento, de coleta de lixo e de serviços públicos essenciais, como educação saúde e segurança", lista o pesquisador. Carlos Manso acrescenta ainda que os R$ 70 levados em consideração pelo governo é um valor muito baixo, inferior aos US$ 2 por dia considerados pelo Banco Mundial, que correspondem a cerca de R$ 120 por mês.

Solução
O pesquisador também alerta para que as autoridades não se acomodem com resultados como esses, uma vez que eles não significam a solução para os problemas das famílias em situação de extrema pobreza.

"Isso só vai mudar, provavelmente, na próxima geração, já que a geração de adultos extremamente pobres dificilmente vai conseguir qualificação profissional a tempo de se inserir no mercado de trabalho. Os filhos destes brasileiros é que precisarão ter um nível de qualificação profissional muito superior para que tais dificuldades sejam superadas", explica, referindo-se ao que os especialistas chamam de "inclusão produtiva".

Brasil Carinhoso
Ainda segundo o MDS, outro programa de transferência de renda do governo federal, o recém-lançado Brasil Carinhoso, foi responsável, em 2012, por tirar 1,48 milhão de cearenses da extrema pobreza, dos quais 664 mil foram incluídos em dezembro último.

O benefício é válido apenas para famílias com filhos de zero a 15 anos que já são cadastradas no Bolsa Família. A inclusão recente aconteceu porque, antes, apenas aqueles com crianças de zero a seis anos eram atingidas pelo programa.

É importante esclarecer que os quase 240 mil cearenses citados inicialmente representam uma parcela de beneficiados que não possuem filhos com menos de 15 anos.

Censo de 2010
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará concentrava, naquele ano, 1,5 milhão de extremamente pobres. No entanto, ainda que a soma de todos os cearenses cadastrados nos dois programas chegue a cerca de 1,72 milhão, com dados de 2012, isto não significa que a extrema pobreza está totalmente erradicada no Estado.

Para o ministério, a diferença verificada é resultado de uma variação natural que ocorreu em dois anos, concluindo, assim, que os dados de 2010 não são mais "confiáveis", e que, certamente, a extrema pobreza ainda não foi zerada no Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste
 
 
 

Bebê nascido após acidente matar seus pais em NY morre no hospital

 

 








Policial observa os destroços do carro logo após o acidente neste domingo (3) (Foto: AP)
O bebê que havia nascido após um acidente de trânsito matar seus pais a caminho da maternidade neste domingo em Nova York não resistiu e morreu nesta segunda (4), segundo um porta-voz.

O recém-nascido morreu às 5h30, segundo Isaac Abraham, porta-voz da comunidade judaica ortodoxa da cidade.

Nathan e Raizy Glauber, ambos de 21 anos, estavam usando um serviço de aluguel decarro para ir ao hospital quando um BMW bateu contra eles em um cruzamento no bairro de Williamsburg, no Brooklyn, segundo Abraham.

Nathan Glauber foi declarado morto no hospital Beth Israel, enquanto sua mulher morreu no hospital Bellevue, disse a polícia.

O filho do casal nasceu no local do acidente e foi levado para um hospital em estado grave, segundo Abraham, que é vizinho dos pais de Raizy Glauber e vive a duas quadras do local do acidente.

O motorista e um ocupante do veículo que atingiu o carro do casal fugiram a pé, segundo a polícia. Nenhuma prisão foi feita. A polícia não soube informar o estado de saúde do motorista que dirigia o carro do casal.

A comunidade judaica ultraortodoxa tem regras rigorosas sobre costumes, roupas sociais e interação com o mundo exterior. O bairro do Brooklyn reúne a maior comunidade de judeus ultraortodoxos fora de Israel, com mais de 250 mil pessoas.

Fonte: AP

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