04/06/2013
Secretaria informou que a Prefeitura já autorizou o repasse dos valores atrasados para os servidores (Foto: Serena Morais)
Os servidores também denunciam a redução de folgas, a sobrecarga de trabalho e casos de assédio moral. Além disso, os profissionais reclamam que em 2013, ainda não tiveram reajuste salarial. A situação abrange tanto contratados, quanto concursados, e estaria motivando alguns profissionais, principalmente enfermeiros, a pedirem demissão. Sobre a situação de atraso do adicional noturno, a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) disse que está recebendo as cópias dos contracheques para fazer a denúncia junto à justiça.
Segundo a presidenta do Sindicato, Mazé dos Santos, é preciso que os profissionais procurem o sindicato, com urgência, para que tenham garantidos os direitos negados pela administração Raimundo
Macedo. A secretária interina da Saúde, Roberta Sampaio, disse que tomou conhecimento de algumas situações que mereciam uma atenção maior, dentre elas o atraso no adicional noturno. Além do adicional, Roberta destacou que alguns profissionais estavam sem receber horas extras desde o início do ano.
Para a resolução do problema, a Secretária ressaltou que, de posse das informações, procurou o prefeito Raimundo Macedo, que segundo ela, desconhecia o caso, mas autorizou, de imediato, o pagamento dos atrasados. “O caso já foi enviado ao setor de pessoal e tudo deve ser colocado em dia ainda na folha do mês de maio”, disse Roberta, ressaltando que no caso de ficar sem receber, o profissional deve procurar o departamento pessoal da Secretaria.
Denúncia de assédio moral
A mudança da emergência pediátrica do Hospital São Lucas para o Hospital Infantil Maria Amélia ocasionou inúmeros transtornos aos profissionais. A mudança aumentou a demanda, mas não proporcionou o aumento do quadro funcional, o que tem sobrecarregado a equipe do Maria Amélia. Existe a denúncia de que muitos profissionais estão ficando doentes devido às cobranças excessivas.
Uma das técnicas do Maria Amélia, que prefere manter sua identidade preservada por medo perseguição, disse chega a sair dos plantões chorando devido o assédio moral e a sobrecarga. De acordo com a técnica, aos que procuram a coordenação de enfermagem para reclamar sobre a situação, é respondido que “quem não agüentar, peça para sair”. Ainda segundo a denunciante, não existe diálogo entre coordenação e corpo funcional.
Sobre a denúncia de assédio moral, a Secretária disse que vai apurar o caso. “Vou chamar o diretor do hospital, já que acontece dentro da unidade, para que ele apure o caso e depois daremos as devidas explicações à imprensa e a sociedade,” disse. Segundo a denunciante, já foi pedido uma reunião com a coordenação para resolver a situação, sem a necessidade de levar o caso à Secretaria, mas a coordenadora se recusou, com o argumento de que nenhum daqueles que estão ali são seus funcionários. Outra denúncia é de depreciação do patrimônio público por falta de manutenção. Segundo os profissionais, além da má conservação do prédio, são encontrados, constantemente, baratas e escorpiões nas dependências do hospital.
Fonte: Jornal do Cariri
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