Atualizado em
02/08/2013 08h41
Grupos picharam muros, bancos e ônibus na manifestação de quinta-feira.
Treze manifestantes prestaram depoimento em distrito policial nos Jardins.
Cerca de 500 pessoas participaram do protesto no fim da tarde desta quinta-feira em frente à Prefeitura de São Paulo, no Centro. Grupos picharam muros, bancos, ônibus e até um carro da Polícia Civil, mas não houve depredação a agências, como nos dois últimos protestos. A Polícia Militar montou barreiras em frente aos bancos durante todo o trajeto dos manifestantes.
Depois disso, duas motocicletas de redes de televisão foram cercadas pelos manifestantes, que pediam para os motoqueiros se retirarem. Um deles chegou a ser empurrado por um pequeno grupo e caiu, enquanto outros manifestantes pediam calma.
Manifestantes foram detidos após farmácia ser
pichada (Foto: Tiago Mazza/Futura Press/Estadão
Conteúdo)
Ferida no rosto, uma manifestante ficou caída na rua. Policiais se
aproximaram da mulher e, temendo a detenção da jovem, um grupo cercou os
PMs e começou um novo tumulto. Cestos de lixos e pedras foram atirados
em direção às forças de segurança.pichada (Foto: Tiago Mazza/Futura Press/Estadão
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O grupo seguiu a caminhada até a Avenida Paulista, onde lojistas fecharam as portas. Na altura da Rua Pamplona, manifestantes cercaram um cinegrafista de uma emissora de TV e pediram que ele se retirasse de lá. Houve muita gritaria, mas sem agressão. Na mesma região, o fotógrafo Sérgio Matta, da Agência Mabou 35, disse que foi atingido por um golpe de cassetete. A caminhada continuou até a região da Rua Augusta, onde aconteceu um novo tumulto.
Manifestante é arrastado ao ser detido por PMs
nesta quinta-feira (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Algumas pessoas tentaram quebrar os vidros de uma agência do Santander.
Manifestantes intercederam e pediram para o grupo parar porque havia
pessoas dentro do banco. Três jovens chutaram os vidros da agência, mas
não conseguiram quebrá-los. A PM chegou rapidamente e evitou a
depredação. Um pouco à frente, o alvo de um pequeno grupo foi uma
farmácia na esquina da Rua Bela Cintra.nesta quinta-feira (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Neste ponto, a PM deteve três jovens. Manifestantes cercaram os policiais e pediram para que os detidos fossem liberados, o que não aconteceu. De acordo com o major Genivaldo Antônio, dois deles acabaram detidos por tentativa de depredação da farmácia. Um deles ainda tentou agredir um dos policiais com uma "voadora", segundo o major. Todos foram levados ao 78º Distrito Policial, nos Jardins.
Manifestantes fecham a Avenida 23 de Maio no
sentido aeroporto (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Pichações foram os principais atos de vandalismo nesta noite de
quinta-feira. Além de muros e vidros de agências bancárias, um ônibus
acabou pichado na Rua Augusta e um veículo da Polícia Civil na Rua
Estados Unidos, em frente à delegacia. Por volta das 22h30, os
manifestantes pediam, diante do 78º DP, a libertação dos três detidos.sentido aeroporto (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Em nota divulgada na madrugada desta sexta-feira, a Polícia Miliitar informou que, no total, dez adultos e três adolescentes foram detidos durante a manifestação desta quinta. Segundo a corporação, três agências bancárias foram danificadas – uma do Santander, uma do Itaú e uma da Caixa Econômica Federal. “Durante toda a manifestação três policiais militares foram feridos levemente e até o momento não há informações de manifestantes ferido”, informa o texto da PM.
Atos contra o governador
O protesto desta quinta-feira foi o terceiro contra Alckmin e em apoio às manifestações no Rio. Há uma semana, dez agências bancárias na região da Avenida Paulista foram depredadas. Neste terça-feira, houve depredação e tumulto na Avenida Rebouças, com 20 detidos. Cinco deles continuavam presos nesta quinta-feira.
Mascarado senta e bloqueia faixa da Avenida Paulista nesta quinta-feira (Foto: G1)
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