terça-feira, 8 de outubro de 2013

Acopiara-CE: Mulher é assassinada com requintes de crueldade e filhe fica gravemente ferida

 

André Costa
(Foto: Reprodução )
Uma mulher de 62 anos foi brutalmente assassinada na noite desta segunda-feira (08) no Sítio Pedra da Encosta, zona rural da cidade de Acopiara, região Centro-Sul do Estado. Maria Nilda de Lemos teve suas duas pernas decepadas antes de ser morta. Sua filha, Maria Irandir de Lemos, sofreu um tiro na altura do peito e está em estado gravíssimo, segundo os médicos plantonistas do Hospital Regional de Iguatu (HRI).

O crime envolto de mistério só foi descoberto pelos policiais militares após as vítimas serem conduzidas ao HRI. Parentes que se fizeram presentes na unidade hospitalar negaram-se a dar qualquer esclarecimento à PM, não informando sequer, quem teria as socorrido. A filha da aposentada deverá ser transferida para um Hospital de Fortaleza nas próximas horas. A jovem corre risco de vida.

O irmão da aposentada limitou-se a dizer que “muita gente tem dito que foi por causa de disputa de terra ou divida, mas nós não sabemos de nada”, relata o homem que pediu para ter sua identidade preservada. Há um mês, o esposo de Maria Nilda fora assassinado na mesma localidade. Na época os familiares ergueram a tese de crime por acerto de contas, uma vez que o agricultor detinha algumas dividas com outros moradores do sítio.

A polícia não descarta a ligação entre os dois homicídios. Segundo o Cabo Luiz Filho, nenhuma linha de investigação será descartada. Ninguém foi preso até o momento.

 

 

Matança de mulheres no Cariri é 11,1% menor este ano

 

Demontier Tenório///.miseria.com.br
Edineide morreu no dia 16 de setembro (Foto: Arquivo pessoal)
Um levantamento feito pelo Site Miséria mostra uma queda no número de mulheres assassinadas na comparação entre os nove primeiros meses de 2013 e o ano passado na região do Cariri. Enquanto em 2012 um total de 18 pessoas do sexo feminino já tinha morrido, este ano são 16 ou uma queda de 11,11% na matança. Em maio, essa relação percentual era de 36% caindo para 30,7% em junho, nova queda para 20% em julho, de novo em agosto para 12,5% e, agora, mais uma redução em 1,4 pontos percentuais.

O mês de setembro terminou com duas mulheres assassinadas ou a mesma quantidade em relação a agosto deste ano e, igualmente, na comparação com setembro do ano passado. No oitavo do ano os homicídios ocorreram nos municípios de Crato e Araripe e, em setembro, novamente em Crato e Juazeiro. Em nove meses deste ano quatro mulheres foram mortas em Juazeiro, outras quatro em Crato, duas em Campos Sales e as demais em Brejo Santo, Mauriti, Santana do Cariri, Missão Velha, Milagres e Araripe.

No dia 16 de setembro, a vendedora ambulante Edineide Neris Silva, de 34 anos, morreu no Hospital Regional do Cariri após ser esfaqueada na Avenida dos Universitários (Bairro José Geraldo da Cruz) em Juazeiro, por Giovane Silva dos Santos, de 20 anos, o “G”. Uma versão aponta que ela teria partido em defesa de uma amiga que seria a vítima e outra assinala um conflito em virtude do acusado ter abalroado a sua moto e a mesma tê-lo agredido com um soco.

Já no dia 22 de setembro um caminhoneiro encontrou o corpo de Maria Letícia Miranda de Andrade, de 19 anos, que residia em Trindade (PE) e era suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. O cadáver da mesma estava há alguns metros das margens da CE-492, que liga os municípios de Crato (CE) e Exu (PE), nas imediações da sede do IBAMA em Crato. A jovem tinha sido alvejada com tiros de espingarda calibre 12 na cabeça.

 

 

Governo estuda acesso à internet por balões do Google

 








Balão do projeto Loon, do Google, sobrevoa área remota da Nova Zelândia (Foto: Divulgação)
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se encontrará nesta quarta-feira (9) em Brasília com um representante do Loon, projeto do Google que pretende oferecer acesso à internet por meio de balões que se deslocam na estratosfera.

O objetivo é discutir a adoção da tecnologia --que busca atender áreas remotas, zonas rurais e locais atingidos por desastres naturais-- em regiões como a Amazônia.

Bernardo receberá Mohammad Gawdat, vice-presidente de inovação empresarial do Google X, divisão futurística da empresa onde foram gestados, além do Loon, os óculos inteligentes Glass e o carro sem motorista.

Em fase embrionária, o projeto realizou um teste piloto em junho, na Nova Zelândia. Os balões, que ficam a 20 quilômetros de altura, proveem acesso à rede com velocidade equivalente à do 3G.

"O território é enorme, há montanhas e florestas tropicais, então é difícil espalhar torres de celular pelo país. Há um grande potencial para a implementação do Loon.""O Brasil é um dos países mais ativos na internet, mas a penetração da rede em áreas remotas ainda é muito baixa", afirmou Mike Cassidy, líder do projeto.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com Cassidy.

Expectativas sobre a reuniãoO projeto ainda está no começo. Fizemos alguns testes-piloto na Nova Zelândia, mas ainda temos um caminho muito longo, sob o ponto de vista técnico, para fazer com que os balões durem o suficiente e se comuniquem melhor. Estamos começando a nos encontrar com mais pessoas ao redor do mundo e a ouvi-las.

Ouviremos o ministro das Comunicações do Brasil para saber quais são as necessidades do país, qual parcela da população não tem acesso à internet, que tipo de acesso as pessoas estão procurando, como as operadoras de telefonia trabalham.

Implementação no BrasilÉ difícil prever o cronograma de um projeto como este. Até agora, nós temos ido muito bem quanto a atingir nossas metas. Nós havíamos previsto lançar o piloto na Nova Zelândia em junho e o lançamos em junho.

Mas o Loon não é algo que será lançado no mundo inteiro daqui a três ou quatro meses. Levaremos anos para construir a tecnologia do jeito certo, alcançar vários países e operar com eles.

Nós pretendemos realizar mais alguns voos na Nova Zelândia, provavelmente ainda neste ano. Balões lançados lá podem cobrir a Austrália, a Argentina e o Chile, e alguns deles podem chegar ao Uruguai, ao Brasil ou à África do Sul em algum momento. Nós queremos começar a falar agora com as pessoas nesses países para ver quais são suas impressões e seus objetivos.

Modelo de negócioAinda não definimos o modelo de negócio, nem nada sobre preços. O próprio Google começou sem ter um modelo de negócio definido. Nós apenas queríamos organizar as informações do mundo construindo um ótimo mecanismo de busca.

Estamos confiantes. A necessidade é tão grande --dois terços das pessoas no mundo não têm acesso à internet-- que estou certo de que vai emergir um modelo de negócio que funcionará para todos.

VelocidadePara pessoas que não têm internet nenhuma, até 100 kilobits por segundo é bastante bom. Nós estamos muito felizes com as velocidades de 3G. Você pode ver vídeos --não em alta definição, mas pode--, fazer buscas, ver relatórios de clima, informações médicas. Acho que as pessoas às vezes se esquecem de que mesmo 3 megabits por segundo podem ser maravilhosos para quem não tinha internet nenhuma.

Custos do projetoÉ como a primeira vez em que se constrói um carro ou um avião. Não sei exatamente os custos atuais. Temos nos esforçado bastante para reduzi-los.

Satélites de comunicação como aqueles com que eu trabalhava geralmente custam centenas de milhões de dólares. Nós estamos muito, muito abaixo disso, numa faixa de milhares de dólares.

Conectar toda a população mundialMuitos de nós no projeto sonhamos que, eventualmente, toda a população mundial possa se conectar à internet. Mesmo se chegarmos à metade disso com os balões --porque eu acho que não haverá apenas uma tecnologia ou apenas uma empresa que levará a internet para todos--, serão mais 2,5 bilhões de pessoas que terão acesso à internet.

É difícil dizer qual fração desses bilhões virá do Loon ou de outras tecnologias, mas nossa equipe está animada para fazer uma grande diferença.

Iniciativa do Facebook(Em agosto, a rede social anunciou projeto que tem como objetivo levar a internet aos dois terços da população mundial que não estão conectados.)É uma coisa boa que haja várias iniciativas. Não sei detalhes técnicos do projeto do Facebook, mas nós certamente saudamos qualquer um que estiver tentando dar acesso à internet às pessoas que não o têm.

Interesse comercial do GoogleQualquer negócio que queira ser sustentável financeiramente tem que ter um modelo de negócio para pagar pela tecnologia e pelo serviço.

Na minha opinião, o Google tem uma reputação de tentar ser ao mesmo tempo um bom negócio, que ganhe dinheiro, e que também faça bem ao mundo. Os projetos do Google X não têm necessariamente que gerar lucro no primeiro dia.

Larry [Page] e Sergey [Brin] [fundadores do Google] sempre reforçam que o objetivo da empresa é criar coisas que farão do mundo um lugar melhor, que mudem o mundo radicalmente. E eles tão dispostos a investir bastante dinheiro nesses projetos, como o carro que dirige sozinho, o Loon, o Google Glass. Em alguns projetos não é nem ao menos claro como se ganhará dinheiro, mas ainda assim eles são financiados pela empresa.

A busca do Google é um serviço gratuito, certo? Na minha cabeça é tipo: "Uau, eu uso a busca do Google todo dia, que é muito valiosa e não custa nada". E, claro, se eu clicar em um anúncio, alguém vai ganhar dinheiro.

Crítica de Bill Gates(Em agosto, o fundador da Microsoft afirmou: "Quando você está morrendo de malária, olha para o céu e vê aquele balão, não sei como aquilo pode ajudá-lo. Quando uma criança está com diarreia, não haverá um website que a aliviará.")Achei frustrante. Não é esse o ponto. É óbvio que as doenças são coisas muito, muito críticas que precisam ser resolvidas. Mas isso significa que você não vai fazer mais nada além de trabalhar nas doenças? Não faz sentido.

Sim, eu acho que devem ser colocados recursos no combate às doenças, mas deve-se também colocar recursos em outras coisas que podem ajudar as pessoas.

LoucuraEu conheço os projetos do Google X. Sou tendencioso porque trabalho no Loon, mas colocar balões a 20 quilômetros de altura para oferecer acesso à internet para o mundo inteiro é algo bastante arrojado e audacioso, mesmo para os padrões do Google X. E o Google X têm padrões bem altos, certo?

Fonte: Folha.com

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