terça-feira, 15 de outubro de 2013

Caixa e Banco do Brasil retomam as atividades a partir de hoje








Caixa Econômica Federal de Juazeiro do Norte (Foto: Chinês/Agência Miséria)
Após 26 dias de paralisação, os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal decidiram, após assembleia realizada na noite de ontem, retomar as atividades a partir de hoje. Os bancários do Banco do Nordeste (BNB), contudo, mantêm a paralisação. A continuidade da greve no BNB será analisada novamente em assembleia marcada para hoje.

Durante a manhã e a tarde de ontem, o fato de os bancários do Ceará terem tomado decisões diferentes quanto ao reajuste oferecido pela classe patronal, na sexta-feira passada, deixou os clientes das instituições financeiras confusos.

Apenas as instituições privadas voltaram às atividades ontem. Mesmo assim, dezenas de pessoas desinformadas foram às agências públicas de Fortaleza para resolver pendências ocasionadas pela greve e encontraram as portas fechadas.

FrustraçãoEm estabelecimentos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, sentimentos como raiva e frustração tomavam conta daqueles que recebiam a informação de que a greve não tinha terminado. "Era pra eu ter recebido dinheiro desde o dia 2 de outubro. Já estou sem meus remédios para pressão, colesterol e osteoporose. Estou andando à força, porque meus ossos doem muito", lamenta a aposentada Rita Fernandes da Silva, que só realiza saques no caixa convencional porque não sabe utilizar as máquinas.

Ela estava na agência da Caixa Econômica, na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Duque de Caxias, no Centro. Antes das 10 horas, uma fila já se formava na frente daquele estabelecimento. Grande parte dos usuários deu viagem perdida, pois buscava realizar procedimentos que só podem ser efetuados na "boca do caixa".

O aposentado Vasselon Angélico da Costa, por exemplo, estava bastante apreensivo, pois corre o risco de ser despejada casa onde mora, em Maracanaú, na região metropolitana. "A dona da casa disse que eu tinha que pagar o aluguel até hoje (ontem). Está atrasado há quase 15 dias. Ela não entende que a greve tem que acabar para eu receber o cartão e sacar o dinheiro. Por causa dessa confusão, já passei até mal", comenta.

RetiradaEnquanto o atendimento voltava ao normal e os cartazes de "estamos em greve" eram retirados das vidraças de bancos como Santander, Bradesco e Itaú, em instituições públicas, sobravam reclamações dos usuários. Na Caixa Econômica que funciona em um prédio histórico do Centro, na esquina da Floriano Peixoto com a Rua Guilherme Rocha, dezenas de pessoas aguardaram durante toda a manhã do lado de fora da agência, torcendo para que as portas fossem abertas.

"Tenho que pagar os juros de uma joia que eu empenhei com urgência, ou não vou poder mais resgatar o bem. Essa greve já era para ter acabado", reclama a pensionista Vânia Maria Amora.

Impacto no comércio
Os impactos da paralisação dos bancários foram mínimos no comércio da Capital, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Freitas Cordeiro. "As intervenções da greve no setor são minimizadas por conta das soluções eletrônicas de hoje, em que quase tudo é realizado pelo autoatendimento", afirma. Atualmente, diz, quem mais sofre com greves bancárias são os donos de pequenos negócios.

Em Fortaleza, informa ainda Freitas Cordeiro, o movimento dos bancários talvez tenha sido responsável por uma retração na abertura de crédito estimada em 6%. "Mesmo assim, é um reflexo pequeno. Vale lembrar também que sempre há alguma retração entre os meses de agosto e setembro", conclui.

Fonte: Diário do Nordeste



Investigações revelam presença do PCC no CE








Marcos Rogério Machado, o ´Bocão´, ´Nilsinho´ foi capturado, há 2 anos, em Pacaju, Fernando Carvalho Pereira e Marcos Camacho, o ´Marcola´, líder do PCC, comandou um assalto milionário no Ceará, em 2000 (Foto: Divulgação)
As autoridades da Segurança Pública investigam a informação de que, pelo menos, 120 integrantes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam atuado ou estariam agindo neste Estado. Oficialmente, porém, não foi anunciada nenhuma operação ou ação sobre o fato.

Investigações feitas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo indicam a presença de membros do bando no Nordeste e o Ceará seria um dos Estados ´alvos´ da organização ligada a assaltos a bancos, sequestros, fuga em presídios e corrupção de agentes públicos.

A presença de membros do PCC e de outras organizações criminosas do Sudeste no Ceará, contudo, não é novidade. Nos últimos anos, vários membros da facção foram localizados aqui, entre eles, foragidos do Rio de Janeiro e São Paulo.

Mais recentemente, em maio de 2011, a Polícia cearense, juntamente com autoridades paulistas, investigaram e prenderam um dos membros do PCC na cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. Trata-se de Nilson Espíndola de Souza, o ´Nilsinho´, detido numa operação do Departamento de Inteligência Policial (DIP), sob o comando dos delegados Francisco Carlos Crisóstomo e Luiz Carlos Dantas. Contra ele, havia vários mandados de prisão em SP.

A Polícia investigou também a fuga espetacular de outros membros do PCC no Ceará. O fato aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2011, quando um bando fortemente armado invadiu as dependências do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II, o IPPOO II, na BR-116, em Itaitinga, e resgatou, pelo menos nove bandidos, entre eles, três supostos membros do PCC e que haviam sido condenados por envolvimento no furto milionário ao Banco Central, em 2005.

Do IPPOO II, foram resgatados os assaltantes Marcos Rogério Machado de Morais, o ´Rogério Bocão´; Fernando Carvalho Pereira, o ´Fernandinho´; e Edésio Batista das Neves Sobrinhos, todos condenados pelo furto de R$ 164,8 milhões do BC.

´Rogério Bocão´, havia sido condenado, na época, a 49 anos de prisão juntamente com outro suposto membro da facção criminosa paulista, seu primo Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ´Alemão´. Os dois teriam articulado a ação criminosa no BC junto com outros chefes do PCC.

O chefe
Também teve passagem pelo Ceará o homem que é tido pelas como chefe do PCC. Trata-se de Marcos Willians Herbas Camacho, o ´Marcola´, que, em fevereiro de 2000, comandou o ataque à empresa Nordeste Segurança, em Caucaia, de onde foi roubada a quantia de R$ 1,3 milhão.

Fonte: Diário do Nordeste

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