quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Brasil ocupa 5ª posição na lista de mortes por álcool entre países da América









Na maioria dos países pesquisados, doenças no fígado foram a principal causa das mortes, seguidas de transtornos neuropsiquiátricos (Foto: AFP)
Um estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e daOrganização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o álcool é a causa de aproximadamente80 mil mortes por ano no continente americano. Na lista dos países com maior número de óbitos ligado ao consumo de bebidas, o Brasil ocupa a 5ª posição.

A pesquisa levou em consideração todas as mortes ligadas à substância entre 2007 e 2009 em 16 países da América do Norte e da América Latina. Os autores declaram que o uso do álcool ocasionou uma médial anual de 79.456 mortes que poderiam ter sido evitadas caso o responsável pela direção tivesseevitado o consumo.

Na maioria dos locais, as doenças que acometem o fígado foram a principal causa das mortes, seguidas de transtornos neuropsiquiátricos. Cerca de 84% dos casos que levaram a óbito eram de homens. 

Pessoas com a idade entre 50-69 anos tiveram as taxas mais altas de falecimento por consumo de álcool na Argentina, Canadá, Costa Rica, Cuba, Paraguai e Estados Unidos.

Já no Brasil, os números mudam um pouco e as taxas de mortalidade se distribuem entre pessoas com idade entre 40-49 anos.

Para os responsáveis pelo levantamento, o número de mortes relacionadas ao consumo da substância pode ser diminuido com a ajuda de políticas e intervenções que reduzem a ingestão de bebidas, incluindo restrições à disponibilidade de produtos, aumento de preços e controle no mercado e na publicidade.

Fonte: O Povo

MP pede que em 10 dias diretores de presídios do Maranhão expliquem estupros








Murilo Morelli, representante do coletivo Advogados, leva pedido de Impeachment da governadora Roseana Sarney à Assembleia Legislativa do Estado (ALE) do Maranhão (Foto: Beto Macário/UOL)
Diretores de presídios do Maranhão terão um prazo de 10 dias para explicar ao Ministério Público os estupros que mulheres das famílias de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que não são líderes de facções criminosas, sofreram e foram reportados ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em relatório publicado no último dia 27 de dezembro.

Segundo o relatório, mulheres, irmãs e filhas são obrigadas a manterem relações sexuais com líderes de facções criminosas durante as visitas íntimas e familiares para que os presos não sejam assassinados. Há também relatos de ordens de estupros foram dos presídios.

Nessa terça-feira (15), quando o prazo de dez dias começou a contar, o MP do Maranhão instaurou procedimento administrativo para investigar as denúncias de violência sexual, por meio das Promotorias de Execução Penal da Comarca de São Luís, solicitando que os diretores das unidades prisionais da capital maranhense se expliquem da denúncia e informem a existência de local específico para encontro íntimo de presos dentro dos presídios.

De acordo com o documento, o MP solicitou ainda que os diretores esclareçam sobre a quantidade, capacidade, frequência, critério de admissão e se a visitação social está sendo feita no interior das celas destinadas a recolhimento dos presos.

No documento, o MP justificou que a medida ocorreu em decorrência de relatos de mulheres, irmãs e filhas de presos, que constam no relatório do CNJ, sobre os estupros cometidos por líderes de facções criminosas para que os parentes continuem vivos.

ViolênciaRelatório do CNJ de dezembro do ano passado detalhava a violência sexual a que mulheres, filhas e irmãs de presos eram submetidas.

"Em dias de visita íntima no Presídio São Luís I e II e no CDP, as mulheres dos presos são postas todas de uma vez nos pavilhões e as celas são abertas. Os encontros íntimos ocorrem em ambiente coletivo. Com isso, os presos e suas companheiras podem circular livremente em todas as celas do pavilhão, e essa circunstância facilita o abuso sexual praticado contra companheiras dos presos", informou o juiz Douglas de Melo Martins no documento.

Por determinação do governo do Estado, a PM assumiu o complexo em 27 de dezembro. Apesar da ação, ele já registrou duas mortes neste ano e 60 assassinatos em 2013.

O relatório apontou ainda que o domínio de facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses deixam as unidades prisionais "extremamente violentas".

A maior parte das mortes tem relação com brigas entre as facções criminosas Bonde dos 40 --nome em alusão à pistola 0.40-- e PCM (Primeiro Comando do Maranhão), facção ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em um período de apenas 17 dias, dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas ocorreram três rebeliões e 18 presos assassinados. A maioria das mortes em Pedrinhas termina com a decapitação de presos.

O UOL entrou em contato com a Sejap (Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária), na tarde desta quarta-feira (15), mas ninguém atendeu as ligações telefônicas. 

Fonte: UOL

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