O rapaz foi jogado no rio que passa entre as duas pistas da Linha Amarela e morreu na hora
FONTE: UOL
Todas as manhãs, o pai de Adriano Pontes de Oliveira via pela janela o filho sair paratrabalhar.
O funcionário de uma agência do banco Bradesco em São Cristóvão
precisava passar pela passarela que ligava a comunidade Águias de Ouro,
na zona norte do Rio de Janeiro, à favela da Guarda, onde pegava o
ônibus. Nesta terça-feira (28), foi a última vez.
Adriano, 26, estava cruzando a passarela quando a caçamba de um caminhão
se chocou contra a passagem, causando a morte de quatro pessoas. O
rapaz foi jogado no rio que
passa entre as duas pistas da Linha Amarela e morreu na hora. Seu pai,
Cirilo, saiu correndo desesperado, mas nada pôde fazer.
"Seu pai está muito abalado. Chegou a ser levado para um hospital. Passou mal", afirma a tia do rapaz, a dona de casa Luzia Soares de Oliveira. "Ele presenciou tudo. O Adriano caiu no rio lá de cima."
Segundo o pai de Adriano, o caminhão estava mesmo com a caçamba aberta.
"Ele falou que o caminhão passou com a caçamba aberta. Não deu pra fazer
nada."
Adriano era apenas um de muitos integrantes da família que faziam o
mesmo trajeto todos os dias. "Ele era o último a passar pela passarela,
porque entrava mais tarde, no horário do banco. Já tinha passado uns
sete da família antes, mas ele acabou dando este azar", conta Luzia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário