sábado, 15 de março de 2014

Sistema para bloquear celular pirata começa a funcionar segunda-feira




Começa a funcionar na segunda-feira (17) o sistema desenvolvido pelas operadoras brasileiras para bloquear no país aparelhos como celulares e tablets, piratas ou mesmo originais, que não possuem certificação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Porém, esses eletrônicos vão continuar a funcionar normalmente pelo menos até setembro, quando as desativações devem efetivamente começar. Até lá, o sistema vai apenas montar um banco de dados com informações sobre os equipamentos em uso no Brasil.

A medida vai atingir todos os aparelhos que usam chip e acessam a rede móvel das operadoras, incluindo tablets e até maquinas de cartão de crédito, desde que não sejam homologados. O site da Anatel permite a consulta dos aparelhos homologados e certificados (veja aqui).

Também podem deixar de funcionar eletrônicos originais, importados ou comprados no exterior, cujo modelo não seja certificado no Brasil. Para estes casos, a recomendação da agência é que os consumidores, antes de comprarem equipamento fora do país, confirmem antes se o modelo já foi homologado aqui.

Bancado por operadorasA criação do Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga), que vai permitir o bloqueio, atende a lei do setor de telecomunicações que diz que só podem funcionar aqui aparelhos homologados pela Anatel, ou seja, que comprovam o cumprimento de algumas exigências técnicas e, por isso, recebem um selo da agência.

Este selo pode ser encontrado nas embalagens ou nos próprios aparelhos e a Anatel orienta os consumidores a confirmar a presença dele antes da compra.

O desenvolvimento desse sistema foi revelado pelo G1 em novembro de 2012. Na época, a previsão era que entraria em funcionamento no primeiro trimestre de 2013. Ele é bancado por Oi, Claro, TIM e Vivo a um custo estimado de cerca de R$ 10 milhões.

Cerco ao ´xing ling´O principal objetivo da Anatel e das empresas é retirar do mercado equipamentos de baixa qualidade, conhecidos como “xing ling”, e que normalmente entram no país via contrabando. Segundo a agência, eles podem prejudicar a saúde dos usuários, pois não se sabe o nível de radiação que emitem e nem os componentes que usam, o que leva a risco até de explosão. Além disso, podem provocar ruídos na rede das operadoras e atrapalhar o uso do serviço de voz ou internet móvel por outros clientes. E, no caso dos contrabandeados, o governo ainda deixa de arrecadar impostos.

Entretanto, a Anatel e as operadoras não têm ideia de quantos aparelhos não homologados estão em funcionamento hoje no país. Com a entrada em operação do Siga, vai ser possível conhecer esse número.

Sem surpresasO superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Roberto Pinto Martins, diz que os bloqueios só devem começar daqui a seis meses e que os usuários que usam aparelho irregular serão avisados antes de terem o serviço cortado.

“Provavelmente teremos uma campanha [para orientar os usuários], mensagens com avisos. Ninguém vai ter o aparelho desabilitado de um dia para o outro”, disse Martins. Porém, ele orienta os consumidores a desde já evitar a compra de não certificados. “As pessoas têm que tomar cuidado para não fazer investimento em um telefone que pode depois não funcionar.”

De acordo com o superintendente, passado esse período de seis meses, o Siga deve, primeiramente, passar a impedir a entrada de novos aparelhos irregulares na rede das operadoras. Isso quer dizer que o bloqueio vai ocorrer no momento em que a pessoa fizer a habilitação de um novo chip usando equipamento não certificado.

O segundo passo, que ainda não está confirmado, seria o bloqueio dos telefones que já estão em funcionamento. Segundo Martins, porém, a Anatel pode optar por não adotar essa medida. “A tendência é que esses aparelhos não certificados que estão em operação desapareçam com o tempo. Eles terão que ser substituídos eventualmente e, quando a pessoa fizer isso, não vai mais poder dar entrada na rede com celular irregular.”

Como vai funcionarA Anatel não dá muitos detalhes do funcionamento do Siga, pois alega que isso pode facilitar a ação de fraudadores que tenham a intenção de driblá-lo para continuar usando aparelhos irregulares. O sistema será operado pela ABR Telecom, que já é responsável pela administração da portabilidade numérica e pelo sistema que bloqueia celulares roubados.

A partir de segunda (17), portanto, o Siga vai montar um banco de dados dos telefones e outros aparelhos como tablets em uso no Brasil e que estejam ligados à rede de Oi, Vivo, TIM e Claro. Quando o usuário faz uma chamada de voz ou acessa a internet móvel, acontece uma troca de informações entre o aparelho que ele usa e a rede da operadora. É assim que o sistema vai conseguir identificar se aquele equipamento é ou não homologado.

Esse reconhecimento será feito por meio do código de identificação dos aparelhos, o chamado IMEI, captado pela central das operadoras. A Anatel possui uma relação dos IMEI de todos os modelos homologados no país. O que o sistema vai fazer é comparar o código do telefone com essa relação mantida pela agência e, se o número não estiver na lista, vai impedir que ele seja usado para fazer chamadas ou acessar a internet usando a rede móvel.

A Anatel nega que o Siga terá acesso a outras informações contidas nos aparelhos, como a relação das chamadas feitas pelos usuários, sites acessados com o celular ou o tablet e a agenda de contatos.

Fonte: G1

TJAM decide pelo afastamento do prefeito de Coari acusado de pedofilia









Fantástico mostrou novas denúncias contra prefeito de Coari (AM) (Foto: Reprodução/TV Globo)
O desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Rafael de Araújo Romano, decidiu, nesta sexta-feira (14), pelo afastamento do prefeito Adail Pinheiro, das atividades na Prefeitura. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPE). Adail está preso há 43 dias. Ele é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no município. Os supostos casos de pedofilia em Coari foram revelados em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, nos meses de janeiro e fevereiro.

O procurador-geral do MPE, Francisco Cruz, explicou que entrou com petição na Justiça oferecendo denúncia contra Adail no mês passado. No documento, ele pediu a prisão preventiva do prefeito e de outras cinco pessoas, além do afastamento delas dos cargos que exercem na Prefeitura. O pedido de prisão foi expedido no dia 7 de fevereiro. Adail se entregou à polícia no sábado (8), e segue detido no Batalhão do Comando de Policiamento Especializado, no Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus.

Segundo Francisco Cruz, o pedido de afastamento cautelar dos envolvidos foi analisado e acatado nesta sexta-feira pelo relator do caso, após o cumprimento da prisão no começo do mês. Segundo ele, a prisão impossibilita o exercício das atividades públicas. "Não fazia sentido ele estar preso em Manaus e continuar no exercício das funções de prefeito", avaliou.

Cruz destacou que a aceitação do pedido resultará ainda na emissão de um mandado que oficializará o afastamento de Pinheiro da Prefeitura de Coari. "O documento será enviado para o município. Porém, não há previsão de quando isso deve acontecer", contou.

O advogado do prefeito de Coari, Alberto Simonetti Neto, afirmou que a defesa deverá recorrer da decisão. O advogado informou que analisará a decisão cautelosamente.

O Tribunal de Justiça do Amazonas comunicou, por meio de assessoria de imprensa, que não pode revelar informações sobre o caso porque o processo tramita em segredo de Justiça.

Fonte: G1

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