Em entrevista publicada pela revista ''TPM'', ex-ginasta fala sobre vida pessoal
- Eu tenho uma namorada, sou gay há alguns anos. Já tive namorados, mas hoje estou gay - disse a jovem.
Lais Souza está fazendo tratamento agora em São Paulo (Foto: Reprodução SporTV)
Lais também falou sobre o fato de voltar a conviver diariamente com sua mãe, Odete, desde que deixou os Estados Unidos. Ela contou que é a própria mãe quem tem lhe dado banho, colocado fralda e dado comida. Embora mantenha sempre um sorriso no rosto e discurso otimista, a jovem admite que, às vezes, também precisa lidar com o sofrimento.
- Mãe, por que comigo? - ela diz se perguntar.
Lais conta que treinava freadas bruscas no dia do acidente, 27 de janeiro de 2014, em Salt Lake City. Notou que estava muito rápida e que a última coisa que lembra antes de bater em uma árvore foi virar para avisar a companheira Josi Santos para ir mais devagar. Uma torção na coluna cervical lhe tirava os movimentos dos braços e pernas.
Lais Souza com Flavia Saraiva no Prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão)
Lais
superou o risco de morte, passou por cirurgias para realinhar a coluna.
Conseguiu respirar sem a ajuda de aparelhos e deixou a UTI, sendo
depois transferida para o Jackson Memorial Hospital, em Miami, aonde
iniciou um tratamento para voltar a ter sensibilidade abaixo dos ombros.
Lais mostra esperança. As células-tronco são injetadas na coluna na
altura da lesão, entre as vértebras C2 e C3. - Que seja um dedo, já está valendo!
Na semana passada, em entrevista ao SporTV, ela cogitou pela primeira vez se encaixar em alguma modalidade paralímpica. Segundo a própria atleta, os movimentos que consegue fazer ainda são pequenos para sonhar ser competitiva, mas ela não pensa em desistir:
- Ainda não tem um esporte que eu consiga me encaixar porque meu movimento é muito pequeno, mas a gente está de olho em alguma coisa. Vamos ver alguma coisa com remo ou bike. Ainda estamos encaminhando, são projetos e talvez eu consiga me encaixar em alguma coisa - disse a atleta de 26 anos, que já consegue sentir algumas partes dos pés e da perna, algo impensável após o acidente.
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