
O jovem conseguia levar uma vida de luxo, regada a festas, bebidas
importadas e muitas viagens internacionais (Foto: Reprodução/TV Record)
Um jovem, identificado como Douglas Augusto de Lima Santos, de 21 anos,
foi preso na noite desta quarta-feira (26) em um hotel de luxo da Asa
Sul, área central de Brasília, acusado de clonar 450 cartões de créditos
executivos e gastar milhões de dólares com ele.
Com os cartões corporativos, ele levava uma vida de luxo, regada a
festas, bebidas importadas e muitas viagens internacionais.
Em um dos momentos, de acordo com a polícia, ele foi para Dubai e gastou
R$ 8,13 milhões (US$ 4 milhões) em seis meses. O esquema funcionava da
seguinte forma: ele comprava os números dos cartões corporativos pela
internet e, em seguida, usava a rede de computadores para pagar contas,
fazer reserva de viagens e hotéis e comprar produtos caros.
Para não levantar suspeitas, o rapaz usava o nome de uma empresa falsa,
que teria sede nos Estados Unidos.
A história do brasileiro, natural de Nerópolis — interior do estado de
Goiás — poderia virar um roteiro hollywoodiano, como aconteceu com Frank
Abagnale Jr., vivido nas telonas por Leonardo DiCaprio no filme
Prenda-me se for capaz.Abagnale foi um estelionatário norte-americano
que rodou o mundo se passando por piloto, médico, advogado e professor,
vivendo uma vida de luxo com o dinheiro dos golpes que aplicava. Após
ser preso e cumprir pena, Abagnale fundou uma empresa que ajuda bancos a
evitar fraudes financeiras.
O delegado Ailton Rodrigues, responsável pelo caso, disse que o jovem
começou a cometer os crimes em 2010, durante a faculdade.
— Ele cursava Sistema da Informação na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Santos teve a ideia, com outros oito amigos, de usar os conhecimentos
adquiridos durante o curso — durante três anos — para clonar os cartões
corporativos com um objetivo: curtir a vida.
Durante uma temporada em Brasília, Douglas fez questão de manter o alto
padrão a que estava acostumado. Ele hospedou-se em um hotel de luxo, no
centro da cidade, e em uma semana gastou R$ 10 mil.
No entanto, os funcionários do hotel começaram a desconfiar da atitude
do jovem, que dizia que estava a trabalho, mas passava o dia no quarto e
a noite em festas, além dos altos gastos que ele fazia.
A direção do hotel acionou a polícia que começou a investigar o rapaz.
Durante os trabalhos, a polícia descobriu que os gastos no hotel foram
pagos com o cartão de uma empresa americana, que tem filial em São
Paulo, mas que não reconhecia o rapaz como funcionário e nem assumiu a
autoria das compras.
O rapaz foi preso, em flagrante, no quarto do hotel acusado de
estelionato.
O criminoso aplicou o golpe em pelo menos 450 empresas de todo o mundo e
a polícia acredita que o prejuízo passe dos R$ 20,3 milhões (US$ 10
milhões).
A ocorrência está registrada na 5ª DP (Asa Sul) que investiga o caso. Se
condenado, ele poderá ficar até cinco anos na cadeia.
Fonte: R7
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