(Foto: Reprodução)
Uma fraude milionária levou quatro pessoas para a prisão no município de Guapimirim, estado do Rio de Janeiro. Todos são suspeitos de desvio de dinheiro público. O esquema teria movimentado R$ 48 milhões.
Mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, cheques e jóias. Uma pequena amostra do que foi apreendido com a quadrilha que agia em Guapimirim, no estado do Rio, formada por vereadores e secretários municipais.
O prefeito da cidade, Renato Costa Mello Junior, o Junior do Posto, do PTC, é suspeito de chefiar o esquema de corrupção. Ele foi preso nesta quarta-feira (5). O esquema envolvia o desvio de dinheiro público, de fraudes em licitações, e pagamento de propina a vereadores.
Segundo o Ministério Público, em quatro anos, foram desviados R$ 48 milhões. Um dos envolvidos é o presidente da câmara, Marcelo Emerick, conhecido como Marcelo do Queijo, que está foragido. Em gravação feita com autorização da justiça, ele oferece propina ao delegado que investigava o caso.
Delegado: 800 mil?
Marcelo Emerick: É.
Delegado: Mas em quanto tempo demora para entregar isso?
Marcelo Emerick: Cara, eu conversando com ela é rápido.
Delegado: Rápido é quanto tempo?
Marcelo Emerick: O tempo de levantar, né?
Para reunir provas, o delegado fingiu aceitar a oferta. Ele aparece nessas imagens de camisa branca. O próprio Marcelo do Queijo entregou o valor combinado, em dinheiro. A polícia informou que o dinheiro da propina foi depositado em uma conta bancária, e está á disposição da Justiça.
Em outra conversa, os integrantes da quadrilha pedem ao delegado garantias de que depois do pagamento, o inquérito será mesmo encerrado.
Suspeito: Nossa questão é a seguinte: como que vai ser feita essa finalização do parecer de vocês? Isso que a gente tinha que ter em mãos, entendeu? Porque a única garantia que eles estão pedindo lá é isso.
Delegado: Eu te dou uma cópia do relatório.
A subsecretária de governo licenciada, Ismeralda Rangel Garcia, também foi presa. Ela era candidata à prefeitura pelo PMDB, mas após a denúncia foi expulsa do partido.
“Há inúmeros contratos celebrados pelo poder publico de Guapimirim, tanto pela prefeitura quanto pela Câmara Municipal, que serão agora, depois de feitas apreensões realizadas hoje em cumprimento a uma ordem judicial, que serão investigados”, afirma Antonio José Campos Moreira, subprocurador-geral de justiça do estado.
Também estão presos o secretário de governo, Isaías da Silva Braga, e Ramon Pereira da Costa Cardoso, chefe do setor de licitações da prefeitura. Outras duas pessoas estão foragidas: Ivan Azevedo Valentino, diretor geral da câmara, e Ronaldo Coelho Amorim. Os acusados podem pegar até 24 anos de prisão. Nenhum dos presos quis falar sobre as denúncias.
Fonte: G1
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