Animal é erguido após ter sido abatida pelo agricultor (Foto:
Altosantoenoticia)
Tauá - O agricultor Pedro Estrela, de 45 anos foi atacado por uma onça
neste Município, a 337 km de Fortaleza. De acordo com o trabalhador
rural, o animal avançou sobre ele, que se defendeu com o que tinha para
garantir a própria sobrevivência. O incidente ocorreu na localidade de
Escondido, distrito de Marruás, a 55 quilômetros da sede. Foi pela
manhã, por volta de 8 horas quando o agricultor ia para o roçado. A
defesa do homem foi possível, pois ele portava uma foice e um machado.
Durante o confronto, a onça teria derrubado a foice das mãos do
agricultor. Eles lutaram e o agricultor venceu o animal, atingindo-o com
um machado.
Segundo ele, a luta durou cerca de meia hora e já bastante cansado
começou a gritar por socorro. Seu cunhado, o também agricultor José
Carlos, residente nas proximidades ouviu os gritos de socorro e salvou o
cunhado. Carlos estava com espingarda socadeira, dirigiu-se ao local,
avistou a onça em cima do agricultor e efetuou um disparo certeiro que
provocou a morte do animal.
Segundo relatos de moradores, a onça morta teve a carne aproveitada
pelos populares. Pesou 30 quilos e foi consumida como tira gosto em um
bar na localidade de Conceição, próximo ao local do episódio.
Sufoco
Pedro ficou com o corpo arranhado e a roupa quase inteiramente rasgada,
de vido ao confronto. Conta que passou um inesperado sufoco e lutou
muito para não virar refeição do animal. O machado foi a sua ajuda e com
ele bateu muito na onça, enfraquecendo-a.
Segundo ele, em vários momentos do confronto se viu sem fala e prestes a
não suportar. Diz ainda que nunca tinha visto uma onça.
Insegurança
Não é a primeira onça que é vista na região nos últimos meses. Os
agricultores acreditam que outro animal está descendo a serra da região
de Pedra Branca rumo ao sertão, em busca de alimento.
Após o episódio, a população do distrito de Marruás está temerosa, pois
moradores dão conta de terem visto outros animais da mesma espécie
circulando pelas proximidades. Muitos estão até sem sair de casa em
certos horários temendo novos ataques.
A reportagem tentou o contato com o escritório do Ibama em Iguatu, que
atua nesta região. Não obteve êxito porque recebeu informações no local
de que os três técnicos do escritório estão no estado do Pará, a serviço
do órgão.
Fonte: Diário do Nordeste
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