"A gente trocou beijinhos, mas, na hora H, ela insistiu em vender a
virgindade por R$ 100 mil", diz Maroni.
O autodenominado "Rei da Noite" paulistana, Oscar Maroni, dono do mítico
clube privê Bahamas, onde circulavam 150 das mais lindas garotas de
programa de São Paulo, "2.000 relações sexuais no currículo",
vangloria-se: "Há dois anos, Ingrid [Migliorini, a virgem Catarina]
ofereceu-se para mim por R$ 100 mil."
Segundo Maroni, a jovem procurou-o no Bahamas, já então fechado pela
Prefeitura de São Paulo sob a acusação de ser um prostíbulo de luxo. Um
segurança forneceu a ela o número de celular do empresário (que não por
acaso termina com a sequência 6969), e o contato foi feito.
Maroni conta que aproveitou um fim de semana e deslocou-se para o
aeroporto de Navegantes, que serve o litoral norte de Santa Catarina.
"Pode perguntar para ela. Ela lembra do meu nome. Passamos um final de
semana juntos", diz o empresário.
Ontem, quando foi batido o martelo no leilão internacional pela
virgindade de Ingrid (aliás, vencido por um japonês que se identifica
apenas por "Natsu", lance de US$ 780 mil ou R$ 1,58 milhão), a dona do
hímen, que se encontra na Austrália, estava gravando uma entrevista para
um canal de televisão alemão e não quis prolongar a conversa. Mas
afirmou que, sim, conhece Maroni. E não quis comentar mais nada.
Maroni diz que ele e Ingrid foram a um hotel cinco estrelas em Balneário
Camboriú (a 82,6 km de Florianópolis), cidade vizinha da Itapema em que
ela mora.
Comeu com ela no restaurante Chaplin, de frente para o mar. "Foi um
jantar romântico. Andamos de mãos dadas na praia e só então subimos para
o quarto."
"A gente trocou beijinhos, mas, na hora H, ela insistiu em vender a
virgindade por R$ 100 mil", diz Maroni.
O negócio não prosperou porque, segundo o empresário, que proclama sua
formação de psicólogo, "esse negócio de virgindade é do tempo do meu
bisavô, coisa de macho inseguro que precisa garantir a procedência da
prole. Estou fora."
Na hora H, virgem tentou me vender o hímen por R$ 100 mil, revela dono
de clube privêNa hora H, virgem tentou me vender o hímen por R$ 100 mil,
revela dono de clube privêNa hora H, virgem tentou me vender o hímen
por R$ 100 mil, revela dono de clube privê
Ele dormiu na cama de casal; ela, no sofá ("de pijaminha"). Mas a melhor
surpresa, segundo Maroni, ficou para o dia seguinte.
"Havia um piano de cauda no restaurante do hotel. E ela foi lá e tocou
Bach e Beethoven lindamente. Vestia um shortinho jeans e uma blusa leve,
sem sutiã. Fiquei apaixonado", afirmou. Mas nunca mais a viu.
No total, o leilão da virgindade de Ingrid teve apenas 15 lances (desde o
dia 7 de outubro). O país que mais levantou o dedo, candidatando-se,
foi o Brasil, com nove lances. Todos mixurucas. Teve até o gaiato
identificado como "Lucas Zaiden", oferecendo US$ 1 pela primeira noite
da menina. Vai que cola.
O brasileiro mais "agressivo" no leilão identificou-se como "Benga JP"
--fino!-- e deu um lance de US$ 150 mil (R$ 303,9 mil). Provavelmente
nem existe.
Vizinhos do edifício Alice e Augusto, onde Ingrid vive com a mãe e o
irmão, em um apartamento debruçado na praia, acham toda essa história
muito esquisita.
"Por que alguém pagaria R$ 1,5 milhão por uma hora com uma virgem
brasileira cheia de não-me-toques (não pode beijar, não pode usar
apetrechos de sex shop, não pode passar de uma hora, tem de usar
preservativos, tem de pagar adiantado, o comprador corre o risco de ter
sua identidade exposta etc. etc.), quando o mercado do sexo tem tanta
oferta boa e a preços muito mais competitivos?", pergunta um empresário
santista do ramo de segurança, que não quis se identificar.
Maroni, que neste caso se diz romântico, afirma que Ingrid é
"introspectiva". Os vizinhos e frequentadores do calçadão do bairro Meia
Praia, o mais rico de Itapema, dizem que ela é "esquisita".
A menina nunca é vista com garotos de sua idade, nunca ninguém a visita.
Sua única companhia é o irmão caçula, Philip, 17, com quem sempre joga
vôlei na praia.
Alegadamente, Ingrid usará o dinheiro obtido no leilão para tocar
adiante um projeto pessoal de construção de moradias populares; a
zeladora do prédio onde ela vive, porém, diz que o sonho da menina é
cursar medicina na Argentina --o dinheiro serviria para custear os
estudos.
Agora, é ver se o tal "Natsu" existe realmente -e se paga. O produtor do
leilão, Justin Sisley, disse ontem que, sim, o ganhador japonês "existe
e tem cerca de 50 anos". E que irá a Sydney para consumar o ato.
Quanto ao colega de leilão de Ingrid, o russo Alexander Stepanov, 21,
sua vingindade foi arrematada por meros US$ 3.000 (ou R$ 6.078), por
"Nene B.", do Brasil. Até a finalização do leilão, segundo Justin
Sisley, não se sabia se era homem ou mulher.
Agora, revelou-se: trata-se de homem e, por causa disso, acredita
Sisley, Alex não deve finalizar o negócio.
A primeira vez de Ingrid, conta-se, acontecerá a bordo de um avião,
entre a Austrália e os Estados Unidos. Maroni deseja à jovem "muitos e
felizes orgasmos".
Fonte: Folha.com
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