Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT), que irão disputar o segundo
turno em Curitiba (Foto: Divulgação)
Após pesquisa Datafolha registrar 17 pontos percentuais de vantagem para
seu adversário na reta final da eleição, Ratinho Junior (PSC), que
disputa a Prefeitura de Curitiba, já reconhece erros na campanha e diz
torcer para que as pesquisas estejam enganadas.
O candidato do PSC, 31 anos e deputado federal em segundo mandato, foi a
grande surpresa do primeiro turno. Ficou em primeiro lugar, com 34% dos
votos válidos, e deixou para trás o pedetista Gustavo Fruet, apoiado
pelo PT dos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo
(Comunicações); e Luciano Ducci (PSB), atual prefeito e afilhado
político do governador tucano Beto Richa.
Hoje, porém, Ratinho está atrás do adversário. Segundo Datafolha
divulgado nesta semana, Fruet tem 52% das intenções de voto, contra 35%
de Ratinho. Na pesquisa da semana anterior, ele tinha 36% --a oscilação
foi dentro da margem de erro.
"Nós erramos, demoramos a reagir", diz, sobre a campanha no segundo
turno.
A inércia da candidatura ocorre a despeito de uma mudança de estratégia.
Desde a semana passada, ele vem centrando críticas em Fruet, ex-tucano,
e em sua aliança com o PT, acusando-o de "contradição". Vinhetas na TV
também afirmam que o partido rival "nunca deu certo em prefeituras",
numa tentativa de atingir o eleitorado anti-PT.
A avaliação de Ratinho, porém, é que ele não conseguiu atrair os
eleitores do atual prefeito. Segundo o Datafolha, 55% dos eleitores de
Ducci no primeiro turno declaram voto em Fruet.
"Acho que é pela ligação que ele tinha com o grupo anterior [de Ducci]",
diz o candidato do PSC. Fruet saiu do PSDB, que apoia o atual prefeito,
no ano passado, e chegou a fazer campanha ao lado de Ducci em 2010.
Ratinho Junior também avalia que errou ao não rebater as acusações de
inexperiência, que ocorrem desde o primeiro turno.
"Eles [Ducci e Fruet] me desconstruíram, jogaram uma sensação de
insegurança para a população", afirma.
Integrantes da campanha concordam que houve "erro de estratégia", o que
causou debates acalorados na coordenação, e "demora" ao mobilizar a
militância após o primeiro turno.
Agora, Ratinho diz estar fazendo uma "defesa territorial", indo atrás do
eleitor mais pobre e da periferia, que votou nele e em Ducci. A
campanha tem reforçado que o candidato, filho do apresentador Ratinho, é
"do povão", e apelado pela "virada".
Ratinho não comenta o que fará caso perca a eleição --ele é deputado
federal licenciado e tem mandato até 2014.
Fonte: Folha de S. Paulo
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