segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Serra e Haddad superam Russomanno e farão segundo turno em São Paulo

 

 

 

 

José Serra (à esq.) e Fernando Haddad (dir.) superaram Celso Russomanno na reta final da campanha (Foto: UOL) Com uma virada na reta final da disputa, o tucano José Serra e o petista Fernando Haddad superaram o candidato do PRB, Celso Russomanno, e farão o segundo turno na maior cidade do país. Com a apuração quase encerrada, Serra tem uma vantagem de pouco mais de cem mil votos sobre o petista. Haddad e Serra contaram com o maior tempo de propaganda na TV durante a campanha. O petista, apostou todas as fichas no padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já tucano, defendeu a gestão do prefeito, Gilberto Kassab (PSD), e contou com o apoio do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). No início da campanha, em julho, o candidato do PRB aparecia em segundo lugar nas pesquisas, atrás de Serra, mas conseguiu ultrapassar o tucano já no mês seguinte e manteve a ponta durante quase todo o período de propaganda eleitoral gratuita. Na reta final, porém, Russomanno começou a sofrer ataques de Serra e Haddad --e também de Gabriel Chalita, candidato do PMDB à prefeitura-- e perdeu a liderança isolada da disputa. Serra trabalhou desde o início da campanha para convencer o eleitor de que vai permanecer no cargo de prefeito até o fim do mandato --e não deixar o cargo para disputar a Presidência da República ou o governo do Estado, como aconteceu em 2006. Após ser abordado sobre o tema em entrevistas e debates, ele exibiu depoimento no horário eleitoral gratuito afirmando que, caso eleito, vai cumprir o mandato. O tucano, que tem 70 anos e já foi deputado federal e senador por São Paulo e ministro da Saúde e do Planejamento durante o governo Fernando Henrique Cardoso, apresentou ainda propostas como a criação de 30 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) 24 horas e a instalação de creches nas estações de metrô e de trem. Haddad, que tem 49 anos e foi ministro da Educação dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, fez promessas como a criação do Bilhete Único Mensal --que custaria R$ 140 ou R$ 70, no caso de estudantes-- e a construção do Arco do Futuro, um projeto para acabar com os bairros-dormitório e com o trânsito carregado por meio de incentivos para empresas que se instalassem em torno do arco formado pela avenida Cupecê e pelas marginais Tietê e Pinheiros até a avenida Jacu-Pêssego. Prestação de contas parcial referente aos dois primeiros meses de campanha (julho e agosto), enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mostra que a campanha de Haddad foi a mais cara do país: R$ 16,5 milhões. Já Serra e Russomanno informaram gastos de R$ 8,4 milhões e R$ 1,3 milhão, respectivamente. Haddad contou com o apoio direto de Lula, que priorizou a campanha petista em São Paulo. A presidente Dilma Rousseff também escolheu o palanque de Haddad para fazer sua estreia em comícios nestas eleições. Dilma participou de evento do petista na última segunda-feira e já vinha aparecendo na propaganda eleitoral de Haddad desde o dia 10 de setembro. A entrada da presidente em campanhas contrariou a expectativa de que ela o faria apenas no segundo turno para evitar conflitos onde houvesse mais de um candidato da base aliada. O início da candidatura de Haddad foi marcado por momentos de tensão. Indicado por Lula para disputar o cargo de prefeito de São Paulo --contrariando a intenção de Marta Suplicy em concorrer--, Haddad amargou falta de apoio da ex-prefeita até o dia 5 de setembro, quando ela entrou na campanha. Dias depois, Dilma nomeou Marta ministra da Cultura, o que foi classificado por Serra como “uso do governo como propriedade privada”. O PT nega que a nomeação tenha relação com o apoio a Haddad. O apoio recebido do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), adversário histórico do PT em São Paulo, também acabou se tornando um problema para Haddad. A aliança, que foi selada com a foto de um aperto de mão entre Lula e Maluf, ao lado de Haddad, nos jardins da casa do deputado, provocou a saída da então vice da chapa do petista, deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). A coligação, então, lançou o nome de Nádia Campeão (PC do B). A aliança com Maluf, bem como a ligação do petista com José Dirceu e Delúbio Soares, réus no processo do mensalão --que está sendo julgado no STF (Supremo Tribunal Federal)--, foram usados pela campanha de Serra para atacar Haddad em comerciais na TV e no rádio. Fonte: UOL

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