O Imperador quer mais um tempo para pensar. Após faltar ao treino de
quinta-feira, Adriano ligou para o diretor de futebol do Flamengo,
Zinho, e pediu para ser liberado das atividades até a próxima
terça-feira. O motivo: mais uma vez, ele não sabe se quer continuar ou
encerrar a carreira. Agora, sem muito o que fazer, o dirigente espera o
atacante para uma nova conversa. Resta saber se, dessa vez, a decisão
será definitiva.
Pelo segundo dia seguido, Adriano não apareceu para treinar no Flamengo
na manhã desta sexta-feira, Dia de Finados. O atacante já é tratado como
problema de segundo plano no clube.
A expectativa pela sua volta gerou uma carga grande de desânimo em
dirigentes e no departamento de futebol após nova sequência de
indisciplinas. A presidente Patricia Amorim lavou as mãos e deixou a
cargo de Zinho e Dorival Júnior qualquer decisão sobre punição.
Os profissionais da comissão técnica e preparação física ficaram
expostos mais uma vez depois da sexta ausência do Imperador a um treino.
Na quinta, o jogador já não havia participado da atividade para os
atletas não relacionados para o jogo contra o Atlético-MG, e não deu
satisfação.
Zinho, diretor de futebol, foi pego de surpresa com a informação. Já
tarde da noite, recebeu uma ligação de Adriano com o pedido de
liberação. O jogador já extrapolou o limite de faltas que dariam ao
clube o direito a uma rescisão unilateral sem qualquer prejuízo.
Na falta anterior, o atacante havia alegado estar liberado de um treino
na academia, mas deixou o preparador físico esperando. Havia consenso
para sua estreia acontecer diante do Palmeiras, no próximo dia 18, no
Engenhão. A sequência de treinos e o bom aproveitamento de Adriano
animava a todos.
O técnico Dorival Júnior confirmou que pretendia usá-lo ainda esse ano,
mas aguarda o aval da preparação física. Zinho, por sua vez, adotou a
postura de não comentar novas falhas e se mostrou refém da hierarquia do
clube, que evitou punir o jogador.
Com a equipe se encontrando na reta final do Brasileiro, Adriano passa a
ser a única questão problemática a ser resolvida no futebol, e a
paciência de todos está perto do fim.
http://extra.globo.com/
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