Máquina tem tela grande, rodas e pode ser controlada remotamente por
funcionário (Foto: Marcio Jose Sanchez/AP)
Uma máquina de videoconferência móvel, chamada Beam, permite que
funcionários em outras cidades estejam “presentes” em reuniões. O
dispositivo de 1,58 m de altura vem com uma tela de 17 polegadas e é
vendido pela empresa Suitable Technologies, de Palo Alto, na Califórnia.
"Isso dá a você a interação casual que você está acostumado a ter no
trabalho", disse o engenheiro Dallas Goecker, falando por meio do Beam. A
Suitable Technologies é uma das dezenas de empresas que vendem robôs de
telepresença. Essas máquinas de controle remoto são equipadas com
câmeras, alto-falantes, microfones e rodas que permitem aos usuários
ver, ouvir, falar e "andar" em locais distantes.
Mais e mais funcionários trabalham remotamente graças aos computadores,
smartphones, e-mails, mensagens instantâneas e videoconferência. Mas
essas tecnologias não substituem a presença no escritório, onde
conversas casuais permitem uma colaboração mais fácil. As fabricantes
estão tentando preencher essa lacuna com máquinas com rodas, que são
controladas por meio de conexões à internet sem fio e que dão aos
funcionários remotos uma presença física no escritório.
Apenas um pequeno número de empresas usa esse tipo de robô. Essas
máquinas podem ser caras, difíceis de serem navegadas ou ficarem presas
em áreas com pouca conexão à internet. "Ainda há muitas perguntas, mas
eu acho que o potencial é realmente grande", disse Pamela Hinds,
codiretora da Universidade de Stanford. "Eu não acho que a presença
frente a frente está indo embora, mas a questão é, quando o frente a
frente poderá ser substituído por esta tecnologia?"
Analistas dizem que essas máquinas – certas vezes chamadas de
dispositivos de presença remota – podem ser usadas para muitas
finalidades. Elas poderiam deixar gerentes inspecionar fábricas no
exterior, vendedores cumprimentarem os clientes da loja e membros da
família verificarem parentes idosos. O mercado mundial de robôs de
telepresença está projetado para atingir US$ 13 bilião em 2017, segundo
Philip Solis, diretor de tecnologias emergentes da “ABI Research”.
O Beam teve seu início como um projeto paralelo da Willow Garage, uma
empresa de robótica em Menlo Park, na Califórnia, onde Goecker trabalhou
como engenheiro. Há alguns anos, ele se mudou para o estado de Indiana
para ficar com a família, mas achou difícil colaborar com os colegas
usando os sistemas de videoconferência. Então, Goecker e seus colegas
criaram o seu próprio robô de telepresença. O resultado: o Beam e uma
nova empresa para desenvolver e comercializá-lo.
Por US$ 16 mil, o Beam não é barato. Mas a Suitable Technologies diz que
o robô foi projetado para que o funcionário remoto pareça estar
fisicamente na sala: alto-falantes potentes, microfones altamente
sensíveis e conectividade sem fio robusta. A empresa começou a vender o
Beam em novembro principalmente para empresas de tecnologia com equipes
de engenharia espalhadas.
Fonte: G1
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