quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA NA BR 316: Motorista é indiciado por homicídio










CAMINHONEIRO FOI RESPONSABILIZADO PELAS 10 MORTES e 12 feridos; inquérito concluído (Foto: 180graus)
O delegado Thales Moura , do 18º DP em Monsenhor Gil, na região central do Estado a 56 Km de Teresina (PI), que finalizou o inquérito sobre o acidente na BR 316, que aconteceu na altura do KM 71, no dia 05 de janeiro, quando 10 pessoas morreram e 12 ficaram feridas.

O inquérito comprou o crime de trânsito e, por isso o motorista da carreta José Severino de Oliveira Gonçalves, 50 anos, será indiciado por homicídio culposo, lesão corporal e adulteração do tacógrafo.

Thales Moura confirmou que o documento foi encaminhado para o MP (Ministério público) do Piauí na segunda (14/01) e ao fórum de Monsenhor Gil para ser apreciado pela promotora Ana Isabel.

O ACIDENTE
Segundo o inquérito, ficou comprovado que o caminhão estava em alta velocidade para o local, o que já representa crime de trânsito. O motorista da carreta tem como atenuante o fato de não estar embriagado, ter prestado socorro e não ter fugido do local.

De acordo com os laudos técnicos da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do IML (Instituto de Medicina Legal), por conta dessa alta velocidade, no momento da curva a cavalo da carreta seguiu o trajeto normal, porém a caçamba tombou, fazendo com que as 30 toneladas de ração (a carga da carreta) caisse sobre a van que passava exatamente naquele momento e que, segundo o delegado, também estava com velocidade acima do permitido. “O máximo que a van poderia andar era 90 Km/h e naquele momento ela estava a mais de 100 Km/h de acorco a análise que nós fizemos de um disco de tacógrafo anterior ao momento do acidente. Outro problema da van é que estava superlotada e os passageiros não usavam o cinto de segurança”, comenta Thales Moura.

INQUÉRITO
Se por um lado, José Severino de Oliveira Gonçalves tem o atenuante de ter prestado socorro, por outro lado ele se complicou ao esconder o disco do tacógrafo do momento da viagem e apresentar um de 8 de dezembro. “Isso representa uma do artigo 312 do código de trânsito e, por isso ele foi indiciado por adulteração do tacógrafo, alé de homicídio culposo (em relação às 10 mortes) e lesão e adulteração (respondendo pelos 12 feridos).

Motorista José Severino, após o acidente na BR 316, detido no posto da PRF na entrada de Teresina (Foto: 180Graus)

JULGAMENTO DO MOTORISTA
José Severino, motorista da carreta se encontra detido no 18º DP de Monsenhor Gil, enquanto a promotoria analisa o inquérito.

De acordo com o delegado local, a promotora Ana Isabel tem 5 dias para fazer a denúncia e pode pedir pela prisão preventiva, além suspensão do direito de dirigir.

Thales comenta que a denúncia vai ser feita pelo fato da reiteiração criminosa do motorista, uma vez que ele também se envolveu em um acidente em Mina Gerais. “A comarca de Teófilo Otoni vai enviar mais informações, mas já se sabe que lá o motorista da carreta se envolveu em acidente com morte, o que contribui para que seja decretada a prisão preventiva dele, além do fato de ele ter passagem por falsidade documental na cidade de Atibaia, interior de São Paulo”, revelou o delegado, que também comentou que o indiciado apresentou vários endereços diferentes a cada depoimento prestado.


Fonte: 180Graus 

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