segunda-feira, 4 de março de 2013

Cena de terror antes de Central x Sport









Briga entre as duas torcidas apavorou quem estava fora do estádio Luiz Lacerda. Pessoas ficaram feridas. (Foto: Lucas Fitipaldi/DP/D.A Press)
O vandalismo das facções organizadas migrou da capital pernambucana para o interior do estado, neste domingo. Em mais "uma tarde de futebol", Caruaru virou praça de guerra. A cena de terror vista na rua Campos Campelo, via de acesso à torcida do Central no estádio Luiz Lacerda, poderia ter tido desfecho trágico. O confronto estre vândalos trajados com a camisa da Torcida Jovem e outros com as cores do Central, possivelmente da organizada Comando Alvinegro, apavorou quem estava no local, cerca de 10 minutos antes de a bola rolar para Central x Sport.

A vendedora Maria Gorete, de 45 anos, tomou uma pedrada. O hematoma no braço acabou sendo lucro diante da selvageria dos agressores. Um dos três carros apedrejados acabou servindo de escudo para Maria e sua filha Marilene, de apenas 13 anos, que visitava um estádio de futebol pela primeira vez na vida. Outra vítima foi o comerciante Cícero Emanuel, 30, dono de um dos carros atingidos e morador da rua Campos Sales. Ele estava dentro de casa quando tudo começou. "Ouvi os sinais da confusão e corri pra perto da janela. Quando escutei o barulho da pedrada no carro fui abrir a porta de casa. Aí, minha mulher gritou para eu voltar pra dentro. Os meninos ficaram muito assustados", relatou.

Os dois únicos policiais que estavam no local precisaram se desdobrar para tentar conter o tumulto. Pedras voavam para todos os lados. Algumas passaram próximas ao carro da reportagem. O veículo de Cícero estava estacionado na frente de casa, logo ao lado do carro do Diario.
"Fiquei com muito medo. Não tive para onde correr com minha filha. Imagina se uma pedra daquela atinge a cabeça dela. Nunca tinha passado por isso", afirmou Maria Gorete, que há mais de 20 anos trabalha como comerciante nas próximidades do estádio Luiz Lacerda.

Um entulho de construção repleto de pedras e pedaços de tijolos exposto a céu aberto, na calçada, serviu de munição aos vândalos. Um dos envolvidos na briga foi encaminhado ao hospital com ferimentos na boca. O incidente deu-se apenas duas semanas depois de Lucas Lyra ser baleado na avenida Rosa e Silva, em frente à sede do Náutico, minutos antes do início de Náutico x Central.

Fonte: Super Esportes - PE

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