sexta-feira, 1 de março de 2013

Sem acordo, Obama alerta sobre cortes 'burros' e culpa republicanos


  Atualizado em 01/03/2013 16h08

Reunião entre presidente e líderes terminou sem acordo nesta sexta.
Obama busca evitar os cortes prestes a entrar em vigor na economia.

Do G1, em São Paulo

A reunião desta sexta-feira (28) na Casa Branca entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes democrata e republicano no Congresso terminou sem um acordo para tentar evitar a entrada em vigor dos cortes automáticos dos gastos públicos a partir da meia-noite de sábado.
Barack Obama fala após encontro com líderes do congresso nesta sexta-feira (1º) (Foto: Larry Downing/Reuters)Barack Obama fala após encontro com líderes do congresso nesta sexta-feira (1º) (Foto: Larry Downing/Reuters)

Em fala à imprensa após a reunião, Obama culpou os republicanos pelo fracasso em evitar os cortes orçamentários automáticos prestes a entrar em vigor na economia norte-americana, chamando-os de "burros" e "desnecessários", diz a agência Reuters.
"Esses cortes prejudicarão nossa economia, nos custarão empregos e para fazer isso de forma certa, ambos os lados precisam ser capazes de se comprometer", disse Obama.

Cortes de US$ 85 bilhões entrarão em vigor, depois do fracasso dos congressistas em alcançar um acordo.
Em entrevista coletiva após a reunião, Obama voltou a alertar que a "dor" que esses cortes vão causar a centenas de milhares de americanos "será real", de acordo com a agência EFE.
"Quanto mais tempo permaneçam de pé esses cortes, maior será o prejuízo a nossa economia", advertiu o presidente em um pronunciamento na sala de imprensa da Casa Branca.
Segundo Obama, os cortes vão representar a perda de 750 mil empregos e a redução de meio ponto percentual no crescimento do PIB.
Esses cortes "não são necessários" e vão ocorrer porque os republicanos no Congresso assim o decidiram, ressaltou o presidente.
O principal empecilho nas negociações é o de que os republicanos consideram que a despesa do governo é excessiva e que é preciso cortá-la mais, enquanto os democratas perseguem uma reforma tributária para aumentar a receita do Estado, o que conservadores não querem.
"A discussão sobre as receitas, na minha opinião, terminou. Trata-se de assumir o problema da despesa", sustentou por sua vez o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, ao término da reunião com Obama.
Boehner lembrou que já houve uma alta impositiva em janeiro, em referência ao acordo conseguido para aumentar a carga tributária às rendas anuais superiores a US$ 400 mil dentro das negociações que evitaram o chamado "abismo fiscal".
"Isso não é uma vitória para ninguém. É uma perda para todo o povo americano", enfatizou Obama sobre a falta de acordo em relação aos cortes.

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