Atualizado em
06/03/2013 15h01
Apartamento estava bastante danificado, diz delegado.
Corpo de cantor passará por exames toxicológicos.
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Polícia encontrou garrafas no apartamento
(Foto: Reprodução/G1)
O delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse nesta quarta-feira (6), que não acredita que o vocalista tenha sido vítima de um homicídio.
"Aparentemente não foi homicídio. O IML é que vai dar a causa da morte.
Aparentemente ou foi por uso de medicamento ou outra substância", disse
o delegado.(Foto: Reprodução/G1)
A apresentadora Sônia Abrão, prima do cantor, disse que ele reclamava da solidão. Sônia era prima de chorão por parte de pai. Eles se encontraram pela última vez há cerca de sete meses, no velório do pai da apresentadora. Chorão, que segundo ela passava por uma depressão profunda, reclamou da solidão.
“Na última conversa que tivemos ele disse: ‘o que me derruba é que a gente nasceu sozinho e morre sozinho’. E ele morreu sozinho”, disse Sônia. “Faz um tempo que ele estava num processo de depressão muito profunda mesmo. Com o fim do casamento, as coisas pioraram muito para ele”. Chorão terminou o seu segundo casamento, que durou 15 anos, há cerca de seis meses, segundo informações da TV Globo.
Marcas de sangue foram encontradas no imóvel
(Foto: Reprodução/G1)
A apresentadora não acredita na hipótese de suicídio. Segundo Sônia,
ele era muito ligado à família e cuidava da mãe, vítima de um acidente
vascular cerebral (AVC). “Ele deve ter tido uma crise de desespero
forte, de solidão, depressão, seja o que for. Acho que ele não teve
noção de que estava numa situação limite”. Ainda segundo Sônia Abrão, o
cantor não fazia terapia. “Ele dizia que a sua terapia era o palco”.(Foto: Reprodução/G1)
Chorão, de 42 anos, foi encontrado morto por seu motorista e segurança nesta madrugada, em seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Chorão, que morava em Santos, usava o apartamento esporadicamente, geralmente após shows.
O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias.
Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva".
No ano passado, o Charlie Brown Jr. lançou "Música Popular Caiçara", álbum ao vivo que marcou o retorno dos integrantes Marcão e Champignon à banda. Eles haviam deixado o grupo em 2005. As apresentações aconteceram em Curitiba e Santos. A produção do trabalho foi feita por Liminha e os shows contam com a participação de Falcão (O Rappa), Zeca Baleiro e Marcelo Nova. Das 15 faixas do CD, a única gravada em estúdio é "Céu azul".
Chorão foi o único integrante do Charlie Brown Jr que permaneceu no grupo em todas as suas fases. Paulistano, Chorão adotou a cidade de Santos desde a juventude, onde criou a banda. Seu apelido foi dado ainda na adolescência, quando ele não sabia andar de skate e ficava apenas olhando os amigos. Um deles, então, pediu que o jovem não chorasse. Segundo a GloboNews, a infância e a adolescência de Chorão foram difíceis por conta da separação dos pais, que aconteceu quando ele tinha 11 anos. O músico largou a escola na sétima na série.
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