10/04/2013 às 11:30
Demontier Tenório
Maria do Socorro Gomes Mina, de 67 anos, e Alfredo Ferreira dos Santos, de 72 anos (Foto: Reprodução/Michel Dantas)
Existe uma informação passada por vizinhos de que um irmão de Socorro mora no bairro João Cabral e teria afirmado que não aceitaria o velório na casa dela, mas não apareceu no IML. Por volta das 12h30mini de ontem, Alfredo Ferreira dos Santos, de 72 anos, foi preso quando retornava para casa e saiu à porta ao perceber que o corpo da companheira não estava mais na cama onde tinha deixado. “Seqüestraram minha mulher”, reclamou ao repórter da Rádio Vale FM, Delton Sá.
Ele foi levado até a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e liberado após ser ouvido. Desde que retornou à tarde para sua residência não saiu mais estando com as portas fechadas. Alfredo apresenta problemas mentais e admitiu ter feito uma cova para a mulher no quintal de sua casa, onde construiria uma Capela de Santa Madalena. Hoje pela manhã, a reportagem do Site Miséria esteve na Rua do Ancião e ouviu alguns vizinhos que não acreditam na hipótese dele ter asfixiado e matado a mulher.
Desde que retornou à tarde para sua residência não saiu mais estando com as portas fechadas (Foto: Chinês/Agência Miséria)
Entretanto, admitem se tratar de um homem violento e ciumento nos momentos de crise. Fora disso, como testemunharam, muito cuidadoso com o imóvel do casal e a companheira que era uma pessoa bastante doente. As vezes não gostava muito quando esta saía à rua o que quase se limitava ao período de pagamento da aposentadoria. A maioria atribui o óbito à morte natural e Socorro gastava com medicamentos boa parte do dinheiro que recebia.
Outro fato observado na rua é que Alfredo não aceitava ajuda de vizinhos apesar de ontem, na entrevista que concedeu quando estava sendo preso, ter se queixado que ninguém o ajudou a cuidar da mulher. O perito Antonio Barbosa encontrou no quarto da vítima várias fichas de consultas médicas sobre diversas doenças e receitas de medicamentos. Enquanto aguarda o resultado do exame cadavérico, foi feito apenas um BO contra Alfredo o que pode ser transformado em inquérito e remetido à justiça para decidir se arquiva ou dá prosseguimento às investigações.
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