Atualizado em
22/04/2013 22h04
Segundo a Defesa Civil, 11 residências foram atingidas.
Os moradores, em conjunto com a prefeitura, demoliram suas casas.
A estudante Luciana Alves (31) foi uma das pessoas atingidas. "Ontem veio o aviso, e hoje já mandaram a gente se retirar imediatamente, porque não tem mais condições de ficarmos aqui", afirmou. Mas para ela, a situação é ainda mais complicada. Acontece que na casa onde morava também funcionava o mercado de seu pai. "É de onde a gente tira o nosso sustento", conta.
O funcionário público Gilberto Melo (50) teve que demolir a casa onde viveu os últimos seis anos. Sentado em frente à antiga residência, reclama que não queria mudar, mas admite que é impossível continuar na rua. A rachadura foi um surpresa para o morador. "Nunca tinha acontecido isso, tinha umas 'rachadurazinhas', mas desse jeito não", lembra.
após a demolição nessa segunda-feira (22).
(Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Porém, Gilberto afirma que mesmo com o benefício do Aluguel Social, é difícil encontrar um lugar para morar. "Estou morando na casa do meu irmão, porque você não acha uma casa que queira alugar para o governo, só por dois ou três meses", afirma.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel George Santos, a rachadura comprometeu 11 residências, que foram interditadas e demolidas. Segundo ele, o problema aconteceu devido à vazante do rio Acre. "Aconteceu porque é uma área que fica às margens do rio, onde ocorreu um processo de acomodação", afirmou.
Como o rio Acre baixou muito rápido, a água infiltrada na encosta não baixou na mesma velocidade, o que causou o desmoronamento. O coronel informou que ainda não é possível saber se outras casas terão que ser interditadas. "A natureza é imprevisível, não tem como dizer. Será feito um monitoramento", afirmou o coronel.
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