Atualizado em
22/04/2013 22h04
Segundo a Defesa Civil, 11 residências foram atingidas.
Os moradores, em conjunto com a prefeitura, demoliram suas casas.
Desmoronamento
na rua Primeiro de Maio fez com que 11 residências fossem interditadas
pela Defesa Civil (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
O moradores da rua Primeiro de Maio, localizada no tradicional bairro Seis de Agosto, em Rio Branco,
levaram um susto no sábado (20), por conta de uma rachadura que
apareceu na via. No total, 11 famílias foram obrigadas a deixar suas
casas, que ficaram comprometidas. Nesta segunda-feira (22), os próprios
moradores, em conjunto com a prefeitura, demoliram suas casas e
efetuaram a mudança do local.A estudante Luciana Alves (31) foi uma das pessoas atingidas. "Ontem veio o aviso, e hoje já mandaram a gente se retirar imediatamente, porque não tem mais condições de ficarmos aqui", afirmou. Mas para ela, a situação é ainda mais complicada. Acontece que na casa onde morava também funcionava o mercado de seu pai. "É de onde a gente tira o nosso sustento", conta.
O funcionário público Gilberto Melo (50) teve que demolir a casa onde viveu os últimos seis anos. Sentado em frente à antiga residência, reclama que não queria mudar, mas admite que é impossível continuar na rua. A rachadura foi um surpresa para o morador. "Nunca tinha acontecido isso, tinha umas 'rachadurazinhas', mas desse jeito não", lembra.
Gilberto Melo observa o que sobrou de sua casa
após a demolição nessa segunda-feira (22).
(Foto: Veriana Ribeiro/G1)
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre,
visitou o local nesta segunda e disse aos moradores que eles fariam
parte do benefício Aluguel Social, além de serem inseridos nos projetos
habitacionais, previstos durante o governo.após a demolição nessa segunda-feira (22).
(Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Porém, Gilberto afirma que mesmo com o benefício do Aluguel Social, é difícil encontrar um lugar para morar. "Estou morando na casa do meu irmão, porque você não acha uma casa que queira alugar para o governo, só por dois ou três meses", afirma.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel George Santos, a rachadura comprometeu 11 residências, que foram interditadas e demolidas. Segundo ele, o problema aconteceu devido à vazante do rio Acre. "Aconteceu porque é uma área que fica às margens do rio, onde ocorreu um processo de acomodação", afirmou.
Como o rio Acre baixou muito rápido, a água infiltrada na encosta não baixou na mesma velocidade, o que causou o desmoronamento. O coronel informou que ainda não é possível saber se outras casas terão que ser interditadas. "A natureza é imprevisível, não tem como dizer. Será feito um monitoramento", afirmou o coronel.
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