Atualizado em
25/04/2013 08h52
Direitos foram lidos 16 horas após o início dos interrogatórios.
Dzhokhar disse que irmão o recrutou para o ataque recentemente.
Segundo quatro agentes envolvidos nas investigações, Dzhokhar parou de falar imediatamente após um juiz e um representante da promotoria entrarem em seu quarto no hospital onde está internado e lerem os chamados “Direitos de Miranda”, que garantem ao acusado o direito de ficar calado e receber orientação jurídica.
Antes de ser avisado de seus direitos, o suspeito de 19 anos disse que seu irmão mais velho, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, o havia recrutado recentemente para participar dos ataques, que detonaram duas bombas na chegada da Maratona de Boston. Tamerlan morreu em troca de tiros com a polícia.
Dzhokhar A. Tsarnaev, suspeito dos atentados em Boston (Foto: Robin Young/AP)
Ainda não se sabe se a questão dos direitos constitucionais irá
influenciar o caso, porque o FBI informou que o suspeito confessou os
atentados na presença de uma testemunha. Oficiais também disseram ter
evidências físicas, incluindo uma pistola e peças de um controle remoto
recuperados da cena da explosão.A CIA, agência de inteligência americana, havia colocado o nome de Tamerlan a um banco de dados de terroristas do governo dos Estados Unidos dezoito meses antes das explosões, disseram autoridades americanas nesta quarta-feira (24).
A divulgação da informação foi significativa porque as autoridades haviam dito anteriormente que a inteligência dos EUA não tinha informações que levassem até os atentados que mataram três pessoas em Boston. O fato de que o nome de um dos suspeitos estava numa lista terrorista deve levantar questionamentos por parte do Congresso sobre se o governo americano investigou de maneira adequada informações enviadas pela Rússia.
No final de setembro de 2011, a CIA recebeu informações do governo russo sobre Tsarnaev. Em março de 2011, o FBI recebeu informações quase idêntica à da CIA, de acordo com funcionários informados sobre a investigação. Os funcionários falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar publicamente sobre o caso em andamento.
O enorme banco de dados, conhecida como a Terrorist Identities Datamart Environment, é gerenciado pelo Centro Nacional de Contraterrorismo e se alimenta em listas de vigilância de terror, como o que proíbe terroristas conhecidos ou suspeitos de ficar em aviões.
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