14/05/2013 às 07:22
Demontier Tenório
O sonho de voltar a caminhar nutrido por Sara Ludgero de
Souza, de 17 anos, tornou-se realidade. Há uma semana, ela deu seus
primeiros passos após se levantar da cadeira de rodas na qual se
encontrava há quase três anos. A família dela sustenta a tese de um
“milagre” já que o médico neurocirurgião, João Ananias Machado, não
alimentou a possibilidade de que isso viesse a acontecer. Há pouco mais
de um mês, ele fez um bloqueio na coluna por conta das dores que a
garota sentia.
O procedimento cirúrgico iria responder pelo fim das dores e a conseqüente redução na carga medicamentosa. Sara foi vítima do erro de uma técnica em enfermagem por ocasião de atendimento ambulatorial no Hospital Tasso Jereissati em Juazeiro do Norte no dia 1º de setembro de 2010. Em virtude de sua escoliose, ela foi tomar uma injeção que lhe aplicaram na região glútea ao invés da veia, como ocorria anteriormente. De imediato perdeu o movimento da perna direita que passou a inchar e ela a sentir fortes dores.
Após o procedimento em abril as dores apenas reduziram e a garota viu crescer o estado de depressão ao ser comunicada da improbabilidade de voltar a caminhar. Tudo àquilo contrariava sua vontade, mas não arrefecia a fé e a da família bastante católica e devota de Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores. A cirurgia custou algo em torno de R$ 12 mil e foi paga com recursos arrecadados em uma campanha liderada na Rádio Tempo FM e no Site Miséria pelo comunicador Normando Sóracles.
Ela permaneceu na cadeira de rodas e necessitando de fraldas para as necessidades fisiológicas. Ao mesmo tempo fazia sessões de fisioterapia, num total de oito, para amenizar as dores. Por falta de condições financeiras o tratamento teve sequência em casa de uma forma artesanal sob o comando de sua prima. No dia 5 de maio, Sara disse à sua parente que amanheceu naquele dia sentindo as suas pernas a prima começou a incentivá-la no sentido de se levantar.
Após muita insistência ela topou e, para a surpresa e alegria de todos saiu caminhando. A adolescente confessa que ainda está um tanto insegura, porém não sente mais dores. O médico João Ananias ainda não foi informado sobre a novidade. A família já planeja a celebração de uma missa em ação de graças na Capela do Horto perto da estátua de Padre Cícero de quem a garota muito se valeu. Ela mora na Rua Madre Alice, 16, imediações do Poço de Jacó no bairro do Horto, e não vê a hora de realizar outro sonho: sentar de novo no banco da escola e retomar os estudos.
Uma matéria publicada no dia 3 de janeiro deste ano no Site Miséria divulgou o montante arrecadado na campanha que foi de R$ 18 mil. De acordo com Normando, a maior parte foi gasta com o procedimento ficando o restante para custos com exames clínicos, remédios e fraldas. A família de Sara se endividou bastante para arcar com as despesas visando a cura da menina desde que a doença passou a tomar conta do corpo dela. Foi um verdadeiro vai e vêm entre médicos e hospitais sem solução. Só para Fortaleza, ela viajou sete vezes.
Em fevereiro de 2010, o médico Luis Felipe Vieira de Oliveira do Hospital Sarah de Fortaleza, diagnosticou uma “Distrofia Simpático Reflexa” – transtorno não especificado do sistema nervoso autônomo. Fora ela, são seis irmãos e o pai, José Pedro de Souza, é vigilante de uma creche. A mãe, Maria Luzinete, de 52 anos, é apenas beneficiária do INSS. Na ponta do lápis, só um milagre garantia os R$ 800,00 mensais em gastos com fraldas e os R$ 170,00 para as sessões de hidroterapia.
A alimentação que seria um componente importante na vida de Sara tornou-se inadequada e pouca. Como se não bastasse, o medicamento para conter as dores denominado Lyrica custava R$ 100,00 e chegou a ser expurgado do orçamento, sendo obrigada a deixar de tomar. Ficaram apenas dois: Pamelor (antidepressivo) e Carbamazepina (transtornos). Na época do erro na aplicação da injeção, Sara estava concluindo o ensino médio na Escola Vereador Francisco Barbosa da Silva.
O procedimento cirúrgico iria responder pelo fim das dores e a conseqüente redução na carga medicamentosa. Sara foi vítima do erro de uma técnica em enfermagem por ocasião de atendimento ambulatorial no Hospital Tasso Jereissati em Juazeiro do Norte no dia 1º de setembro de 2010. Em virtude de sua escoliose, ela foi tomar uma injeção que lhe aplicaram na região glútea ao invés da veia, como ocorria anteriormente. De imediato perdeu o movimento da perna direita que passou a inchar e ela a sentir fortes dores.
Após o procedimento em abril as dores apenas reduziram e a garota viu crescer o estado de depressão ao ser comunicada da improbabilidade de voltar a caminhar. Tudo àquilo contrariava sua vontade, mas não arrefecia a fé e a da família bastante católica e devota de Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores. A cirurgia custou algo em torno de R$ 12 mil e foi paga com recursos arrecadados em uma campanha liderada na Rádio Tempo FM e no Site Miséria pelo comunicador Normando Sóracles.
Ela permaneceu na cadeira de rodas e necessitando de fraldas para as necessidades fisiológicas. Ao mesmo tempo fazia sessões de fisioterapia, num total de oito, para amenizar as dores. Por falta de condições financeiras o tratamento teve sequência em casa de uma forma artesanal sob o comando de sua prima. No dia 5 de maio, Sara disse à sua parente que amanheceu naquele dia sentindo as suas pernas a prima começou a incentivá-la no sentido de se levantar.
Após muita insistência ela topou e, para a surpresa e alegria de todos saiu caminhando. A adolescente confessa que ainda está um tanto insegura, porém não sente mais dores. O médico João Ananias ainda não foi informado sobre a novidade. A família já planeja a celebração de uma missa em ação de graças na Capela do Horto perto da estátua de Padre Cícero de quem a garota muito se valeu. Ela mora na Rua Madre Alice, 16, imediações do Poço de Jacó no bairro do Horto, e não vê a hora de realizar outro sonho: sentar de novo no banco da escola e retomar os estudos.
Uma matéria publicada no dia 3 de janeiro deste ano no Site Miséria divulgou o montante arrecadado na campanha que foi de R$ 18 mil. De acordo com Normando, a maior parte foi gasta com o procedimento ficando o restante para custos com exames clínicos, remédios e fraldas. A família de Sara se endividou bastante para arcar com as despesas visando a cura da menina desde que a doença passou a tomar conta do corpo dela. Foi um verdadeiro vai e vêm entre médicos e hospitais sem solução. Só para Fortaleza, ela viajou sete vezes.
Em fevereiro de 2010, o médico Luis Felipe Vieira de Oliveira do Hospital Sarah de Fortaleza, diagnosticou uma “Distrofia Simpático Reflexa” – transtorno não especificado do sistema nervoso autônomo. Fora ela, são seis irmãos e o pai, José Pedro de Souza, é vigilante de uma creche. A mãe, Maria Luzinete, de 52 anos, é apenas beneficiária do INSS. Na ponta do lápis, só um milagre garantia os R$ 800,00 mensais em gastos com fraldas e os R$ 170,00 para as sessões de hidroterapia.
A alimentação que seria um componente importante na vida de Sara tornou-se inadequada e pouca. Como se não bastasse, o medicamento para conter as dores denominado Lyrica custava R$ 100,00 e chegou a ser expurgado do orçamento, sendo obrigada a deixar de tomar. Ficaram apenas dois: Pamelor (antidepressivo) e Carbamazepina (transtornos). Na época do erro na aplicação da injeção, Sara estava concluindo o ensino médio na Escola Vereador Francisco Barbosa da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário