08/05/2013 às 07:25
André Costa
O
setor pediátrico do Hospital São Lucas foi transferido para a Unidade
Infantil Maria Amélia. (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)
A diarista Maria Ferraz, 47 anos, afirma que o atendimento é conturbado, “muitas crianças necessitam diariamente de atendimento e apenas uma posto não dá de conta. Hoje, fiquei na fila quase uma hora esperando meu sobrinho ser atendido”. Demora essa que é recorrente nas reclamações dos usuários, como é o caso de Egivaldo que está com seu filho internado há dois dias com suspeita de pneumonia.
“Trouxe meu filho e demoramos um pouco a ser atendido, a pior parte foi para acharem leitos vagos. Depois de medicado, esperamos mais de três horas para que ele fosse instalado em um dos quartos, que estavam quase todos cheios”, explica.
Egivaldo também faz coro àquelas pessoas que tiveram a distância entre suas casas e o hospital aumentados com o advento da transferência. “Sem falar na lotação que alguns dias chega a ser gritante, muitas pessoas encontram dificuldade para chegarem até aqui. Eu, por exemplo, que moro no [bairro] Timbaúbas fica muito mais longe pra mim chegar até o Maria Amélia. Mais infelizmente não há outra alternativa”, lamenta.
As redes sociais também foram ferramentas usadas para externar a indignação da população. A médica Pediatra Silvia Araújo, reconhece a importância da pediatria que existia no São Lucas, pois “descentralizava os atendimentos” e “reduzia a fila de espera que era muito grande”. Silvia ainda questiona sobre o quadro de plantonistas na unidade. “Será que aumentou da forma correta o número de médicos? A resposta está clara na fila de espera”, finaliza.
Saúde Precária
O Hospital Tasso Jereissati, também é alvo de apreciações por parte de seus usuários. (Foto: Reprodução/Google Maps)
A situação flagelante em que as crianças de até 13 anos são submetidas para serem atendidas no Maria Amélia não é o único problema enfrentado ela saúde pública de Juazeiro do Norte. O Hospital Tasso Jereissati, também é alvo de apreciações por parte de seus usuários.
A dona de casa Francisca Muniz, 56, taxa como “péssimo” o atendimento da unidade e reclama da falta de remédios. “Já é a terceira vez que venho buscar os remédios de minha filha de nove anos e me dizem que está em falta”.
Ao ver a reportagem do Site Miséria, o crediarista Augusto Pereira de Castro, se dirige espontaneamente e relata, “é uma falta de respeito com o cidadão. Atendimento péssimo!” exclama. Ainda de acordo com ele, a parte da noite a situação piora com a chega constante de pacientes.
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