05/06/2013
O
ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou que a decisão
final sobre a compra de aviões de combate pelo Brasil será do governo
federal, por ser "estratégica e política" (Foto: U.S. Navy/James R.
Evans/Divulgação)
Biden se reuniu com a presidente Dilma Rousseff na sexta-feira passada (31) e assegurou-lhe que o Congresso dos EUA deverá respeitar a promessa da Boeing de transferir tecnologia para o Brasil como parte do negócio, disseram três autoridades que estavam presentes, sob condição de anonimato.
O acordo envolverá 36 caças avaliados em US$ 4 bilhões, com prováveis encomendas subsequentes que deverão aumentar o valor do contrato de forma significativa ao longo do tempo. O acordo é crítico no momento em que os EUA e muitos países da Europa estão apertando os orçamentos militares. Os outros finalistas na competição são a francesa Dassault AVMD.PA e a sueca Saab SAABb.ST.
Dilma ainda não tomou a decisão final, e o momento para realizar o anúncio ainda não está claro, frisaram as fontes. Mas elas também disseram que os comentários de Dilma para Biden e outros recentes acontecimentos sobre o tema sugerem uma preferência pela Boeing, com uma possível decisão antes da visita da presidente brasileira à Casa Branca para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama, em outubro.
"Se for a Boeing, Biden vai merecer muito do crédito", disse um alto funcionário do governo brasileiro.
A principal preocupação de Dilma com a oferta da Boeing foi o fato de que o Congresso dos EUA poderia bloquear a transferência de tecnologia por questões de segurança nacional.
O Brasil tem relações amistosas com os EUA, mas irritou alguns legisladores norte-americanos nos últimos anos por suas interações com Irã, Venezuela e outros países que antagonizam com Washington.
Dilma disse que a transferência de tecnologia é ainda mais importante do que os caças em si, porque o negócio deve impulsionar a própria indústria brasileira de defesa, incluindo a fabricante de aviões Embraer EMBR3.SA.
Biden não fez promessas absolutas sobre o que o Congresso norte-americano faria. Mas ele citou suas mais de três décadas de experiência no Senado para tratar das preocupações da presidente, ponto por ponto, disseram as fontes.
Fonte: Reuters
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