Santana diz que não há interesse em educação

18/06/2013

Manoel Santana nega que sua administração tenha deixado dívidas junto a categoria dos professores (Foto: Jornal do Cariri)

O ex-prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana Neto (PT), apresentou defesa em relação às acusações de Raimundão, que atribui à sua gestão a responsabilidade pela atual insuficiência financeira na Educação, que acabou resultando no corte salarial dos professores. Em nota divulgada à imprensa, o Palácio Municipal José Geraldo da Cruz alega que a preocupação maior do prefeito Raimundo Macedo é ter a condição de pagar em dia aos professores, ao contrário do seu antecessor que deixou R$ 5 milhões em débitos junto à categoria, para serem quitados já no seu governo.

O ex-prefeito Santana rebate e garante que herdou a grande maioria dos problemas gerados na primeira gestão de Raimundão. “Ele procura criar uma cortina de fumaça e jogar o descontentamento da Lei do Raimundão, que destrói o PCCR dos Professores, uma conquista obtida no meu governo, em quem nada tem a ver. Nós não deixamos dívidas junto à categoria”, desabafou.

Santana argumenta que a Prefeitura de Juazeiro tem dinheiro para pagar o salário dos professores, construir escolas e manter a rede de ensino. “Eu deixei três escolas encaminhadas. Se Raimundão realmente tivesse trabalhando, já teria construído e estaria perto de terminar”, ponderou.

Sobre as justificativas de governabilidade da educação e o valor da folha extrapolar o limite de 60% dos recursos do Fundeb, além de deixar apenas 13% para investimentos no setor, ao invés dos 40% definidos em Lei, Santana disse que está faltando planejamento e organização no atual governo. “Na verdade, ele tem intenção em investir em outras coisas que não são de interesse da educação. O próprio governo dele, pagando o salário atual, comprou mais livros didáticos, quando não precisava porque já tínhamos assegurado a compra para este ano”, comentou o ex-prefeito.

Santana disse que Raimundão quer chamar a atenção para desviar o foco. “Não se justifica um investimento absurdo de R$ 400 mil só para pintar as fachadas dos prédios públicos, algo que poderia esperar. Os números mostram que existem recursos para fazer novos investimentos”, disse.

Fonte: Jornal do Cariri