13/07/2013 às
Entrega simbólica dos tratores foi feita pelo ministro Pepe Vargas e Nelson Martins (Foto: Helosa araújo)
De acordo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, "as ações são estruturais, para os locais onde a chuva já chegou ou vai chegar.
Com esses instrumentos nós queremos estimular sistemas de produção com reservas para ter água e alimentos no período seco, para o rebanho não sofrer, estimular recuperação de culturas que foram afetadas pela seca. São R$ 7 bilhões de crédito em todo o Brasil".
Financiamento
Para o ministro, a escolha do semiárido para receber um plano específico de financiamento à produção, deve-se ao fato da região contar com cerca de 1,5 milhões de agricultores familiares, cerca de 33% do total do País. Vargas também destacou que as linhas de crédito podem ser expandidas, caso o número de contratações supere as expectativas. "Antes mesmo do lançamento do plano foram destinados R$ 2,7 bilhões em crédito emergencial", destacou.
Além do financiamento, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), fez a entrega de duas retroescavadeiras e 115 motoniveladoras para 117 municípios cearenses.
No total, os equipamentos, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), representaram investimento de R$ 53,2 milhões. No acumulado do ano, o governo federal destinou cerca de R$ 93,9 milhões em equipamentos, para 181 municípios, destinados ao enfrentamento da estiagem no semiárido do Ceará.
Para a presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Adriana Pinheiro, "essas máquinas vão ser de grande serventia. Vão cavar barreiras, fazer açudes, ajeitar estradas que já estão prejudicadas mesmo com a pouca chuva que está caindo", disse.
Importância
O município de Fortim, administrado pela gestora, foi um dos contemplados com as motoniveladoras. Já as duas retroescavadeiras foram entregues aos prefeitos de Itaitinga, Abel Rangel Júnior, e de Chaval, Pacheco Neto. Já o coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar no Ceará (Fetraf-CE), Francisco Auri Júnior, avaliou que "o programa é importante para possibilitar a convivência sustentável com o semiárido. Nós temos defendido políticas emergenciais mais concretas e a desburocratização da distribuição do milho pela Conab e que a água dos caminhões-pipa seja tratada e seja certificada pela Anvisa. E na questão da renda, defendemos a extensão do seguro-desemprego aos agricultores familiares".
O presidente da Fetraece, Moisés Braz Ricardo, por sua vez, ressaltou a importância de paralelamente à entrega de equipamentos e linhas de crédito, de se desenvolver programas de assistência técnica. "Nós não vamos produzir no meio rural e desenvolver o campo sem pesquisa e assistência. Também é preciso avançar no desenvolvimento da reforma agrária. Sem esses itens vamos continuar tendo pessoas migrando para as cidades e inchando as favelas", analisou.
Fonte: Diário do Nordeste
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