quarta-feira, 31 de julho de 2013

Infraero de Juazeiro do Norte entra em greve e se junta a outros 61 aeroportos brasileiros


31/07/2013






André Costa
Aeroporto Orlando Bezerra, em Juazeiro do Norte, aderiu à greve do Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (SINA) deflagrada à meia-noite desta quarta-feira (31) (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)
O Aeroporto Orlando Bezerra, em Juazeiro do Norte, aderiu à greve do Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (SINA) deflagrada à meia-noite desta quarta-feira (31). Ao todo, 62 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aderiram à paralisação.

As pautas de reivindicações do sindicato incluem questões econômicas, benefícios, segurança e medicina do trabalho, entre outras melhorias para a categoria. O SINA pede além da reposição salarial, um aumento de 9,5% e a elevação em um padrão da tabela de salários para todos os aeroportuários.

O Superintendente do Aeroporto de Juazeiro do Norte, Roberto Germano de Souza Araújo, garantiu que “nenhum voo atrasou ou foi cancelado”. Em contrapartida, o Delegado Sindical da cidade, Tiago Brito, explica que a previsão para as próximas horas é de cenário oposto.

As pautas de reivindicações do sindicato incluem questões econômicas, benefícios, segurança e medicina do trabalho, entre outras melhorias para a categoria (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)

“Não houve atraso até agora porque só recebemos dois voos desde o início da greve – vindos de aeroportos privatizados que participam da greve. Ao longo do dia, a situação tende a mudar, pois, com a greve aderida quase em todos os aeroportos da INFRAERO, voos de Fortaleza e Recife, por exemplo, provavelmente irão atrasar”, elucida Tiago, que informa: “Temos 32 funcionários em Juazeiro do Norte, destes, 80% aderiram à greve”.

Será realizada na tarde de hoje, às 15 horas, uma assembleia geral com os profissionais de Juazeiro do Norte para decidirem a prorrogação (ou não) da paralisação, mediante posicionamento da Infraero.

As pautas de reivindicações do sindicato incluem questões econômicas, benefícios, segurança e medicina do trabalho, entre outras melhorias para a categoria (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)

Segundo o sindicato, os reajustes salariais ofertados pela Infraero são "infinitamente menores" aos 26% dados aos cargos de direção da empresa. A Infraero apresentou uma contraproposta, na qual concorda com mais de 70 das cláusulas dos trabalhadores. O impasse está na correção salarial e benefícios como auxílio-creche, material escolar e auxílio-funeral.

Em nota, a Infraero diz que respeita a manifestação dos seus empregados e entidades trabalhistas e que tem um plano de contingenciamento "para ser aplicado em caso de necessidade".

O plano inclui o remanejamento de empregados, tanto do quadro administrativo como de escala. A intenção é reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves, envolvendo ainda os demais agentes que atuam nos aeroportos.

De acordo com a Infraero, os salários dos empregados estão em dia e a empresa "ainda negocia com o sindicato para chegar a um acordo coletivo que atenda aos interesses do corpo funcional e da Infraero". A nota também desmente a informação de que há salários atrasados e redução de benefícios.

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