16/07/2013
André Costa
Com
tons de indignação, revolta e até ironia, os internautas expuseram suas
insatisfações contra a “ExploraCrato”. (Foto: Elizângela Santos)
O internauta Marcelo Florêncio ironiza que os preços estão “dentro do padrão FIFA”, no entanto, “o acesso ao Parque, a grande extensão das filas e as péssimas condições no interior do local do evento andam longe de ter o mesmo padrão”, diz ele.
140%. Essa é a diferença de preço entre um refrigerante vendido em mercantis e supermercados da região caririense, para os comercializados dentro do Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante, na ExpoCrato. Notabilizada por uma das maiores exposições centro-nordestinas de animas e produtos derivados, além de contar com a participação de grandes atrações artísticas, a ExpoCrato 2013 custará caro ao bolso daqueles que prendem curtir as festas.
O consumidor sentirá essa diferença em quaisquer que sejam os produtos. Desde o simples Trident ao procurado refrigerante, passando pelo tradicional espetinho e bebidas alcoólicas, o preço está inflacionado em até 200%. Comparando com um supermercado tradicional do Crato, o refrigerante de 2 litros passou de R$ 5,00 para R$ 12,00, acréscimo de 140%. O trident, que custa R$ 1,00, está sendo vendido três vezes mais caro. Aos adeptos de uma cervejinha, o impacto será igualmente forte. A lata está 150% mais cara (R$ 4,00).
O primeiro dia de shows, que teve as bandas Silvano Sales, Bonde do Brasil e Léo Guilherme como atrações principais, já tinha rendido insatisfação e bastante reclamação por parte de vários consumidores. “A primeira sensação foi de susto. Depois veio à revolta por estar sendo roubada descaradamente”, relata a universitária Bruna Goes.
Neuvanir Salviano diz que “muitas famílias não vão poder levar seus filhos como de costume porque está tudo um absurdo de caro”. Seguindo a mesma linha, Francisco Silva confessa que “boicotou essa ‘Explocrato’ há dez anos” e diz que “deixou de ser uma festa popular para se transformar num evento da burguesia”.
Gonçalo Bezerra Neto vai mais além fazendo uma analogia com os preços dos ingressos cobrados nas novas “arenas” e diz que esse é um problema conjuntural. “Tudo no Brasil é explorado. Ninguém ver o lado do assalariado. Reformaram os estádios, mudaram o nome para Arena e agora os preços dos ingressos foram lá pra cima. Exploração em demasia. E a Expocrato segue o mesmo rumo, sendo chamada agora de ‘Exploracrato’”. Bezerra finaliza dizendo que “É a exclusão da classe mais baixa dos grandes eventos”.
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