Em foto de rede social, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, brinca com
medalha no uniforme do pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM
paulista) Luís Marcelo Pesseghini, que foram encontrados mortos com a
mulher do sargento, que era cabo da PM (Foto: Reprodução/Facebook)
Após ouvir 41 testemunhas em três semanas, o DHPP (Departamento de
Homicídios e de Proteção à Pessoa) diz que as investigações da chacina
da Brasilândia, ocorrida no último dia 5 de agosto, entram na reta final
com a permanência da tese --levantada já no dia seguinte à tragédia--
de que Marcelo Eduardo Pesseghini, 13, teria matado os pais e outras
duas parentes antes de se suicidar.
O inquérito policial, segundo o DHPP, aguarda a liberação dos laudos da perícia e do Instituto Médico Legal para que possa ser concluído. A previsão é que os resultados saiam nos próximos dias e respondam algumas questões ainda sem respostas, entre elas qual foi a ordem dos crimes e a motivação da chacina.
Laudos que devem inclusive, conforme o órgão responsável pelo caso, determinar os passos finais da investigação e, consequentemente, a necessidade de ouvir novas testemunhas ou voltar a chamar pessoas já ouvidas pela polícia para depor.
Na última semana, uma equipe de peritos retornou às casas onde as cinco pessoas foram mortas para testes de som com uma pistola idêntica à utilizada no crime --uma .40 de uso da Polícia Militar. O objetivo é esclarecer se vizinhos seriam capazes de ouvir os disparos que mataram a família.
Novas imagens de uma câmera de segurança também foram divulgadas para reforçar a hipótese da polícia de que Marcelo teria sido o autor da chacina. No vídeo, o garoto de apenas 13 anos aparece ao lado de dois colegas deixando a escola de capuz no dia do crime. O jovem atravessa a rua e reaparece ao lado do carro da mãe, que, segundo a investigação, ele mesmo estacionou. Ele mexe na cintura por três vezes seguidas, como se ajeitasse algum objeto sob as calças ou nos bolsos, e volta para a escola.
A Polícia Civil pediu ainda ao psiquiatra forense Guido Arturo Palomba a elaboração de um relatório que pode ajudar a explicar a motivação da chacina. Há 40 anos no ramo, o especialista analisará o material já levantado no inquérito.
Em entrevista ao UOL, ele explicou que ajudará a esclarecer, sob o ponto de vista médico, "o que se passava no psiquismo do Marcelo quando ele pode ter cometido esse delito". Esse tipo de análise, disse, é denominado "perícia póstuma retrospectiva" –uma vez que se refere a aspectos recentes de um crime cujo suspeito já está morto.
Exames preliminares do Instituto Médico Legal apontaram que nenhum integrante da família Pesseghini estava dopado. Alguns testes, no entanto, serão refeitos. A hipótese chegou a ser levantada para justificar a ausência da reação das vítimas.
Entre os depoimentos da semana, dois colegas de Marcelo chegaram a dizer à polícia que o menino confessou o crime a eles na escola, horas depois de matar os pais. Nenhum deles, no entanto, relatou ter dado atenção aos comentários, já que ele teria sorrido ao contar o fato. A Polícia Civil, segundo uma reportagem do "Agora", investiga ainda se o estudante foi armado à escola no último dia 5 para matar a diretora do colégio.
Já a médica Neiva Damasceno, ouvida na última quinta-feira (22), afirmou que a fibrose cística do estudante não causava nenhuma alteração de comportamento no menino. Ela também negou qualquer influência dos remédios, tomados pelo garoto para conter o avanço da doença, na postura dele. Neiva acompanhava o tratamento de Marcelo desde que ele tinha um ano de idade.
Fonte: UOL
O inquérito policial, segundo o DHPP, aguarda a liberação dos laudos da perícia e do Instituto Médico Legal para que possa ser concluído. A previsão é que os resultados saiam nos próximos dias e respondam algumas questões ainda sem respostas, entre elas qual foi a ordem dos crimes e a motivação da chacina.
Laudos que devem inclusive, conforme o órgão responsável pelo caso, determinar os passos finais da investigação e, consequentemente, a necessidade de ouvir novas testemunhas ou voltar a chamar pessoas já ouvidas pela polícia para depor.
Na última semana, uma equipe de peritos retornou às casas onde as cinco pessoas foram mortas para testes de som com uma pistola idêntica à utilizada no crime --uma .40 de uso da Polícia Militar. O objetivo é esclarecer se vizinhos seriam capazes de ouvir os disparos que mataram a família.
Novas imagens de uma câmera de segurança também foram divulgadas para reforçar a hipótese da polícia de que Marcelo teria sido o autor da chacina. No vídeo, o garoto de apenas 13 anos aparece ao lado de dois colegas deixando a escola de capuz no dia do crime. O jovem atravessa a rua e reaparece ao lado do carro da mãe, que, segundo a investigação, ele mesmo estacionou. Ele mexe na cintura por três vezes seguidas, como se ajeitasse algum objeto sob as calças ou nos bolsos, e volta para a escola.
A Polícia Civil pediu ainda ao psiquiatra forense Guido Arturo Palomba a elaboração de um relatório que pode ajudar a explicar a motivação da chacina. Há 40 anos no ramo, o especialista analisará o material já levantado no inquérito.
Em entrevista ao UOL, ele explicou que ajudará a esclarecer, sob o ponto de vista médico, "o que se passava no psiquismo do Marcelo quando ele pode ter cometido esse delito". Esse tipo de análise, disse, é denominado "perícia póstuma retrospectiva" –uma vez que se refere a aspectos recentes de um crime cujo suspeito já está morto.
Exames preliminares do Instituto Médico Legal apontaram que nenhum integrante da família Pesseghini estava dopado. Alguns testes, no entanto, serão refeitos. A hipótese chegou a ser levantada para justificar a ausência da reação das vítimas.
Entre os depoimentos da semana, dois colegas de Marcelo chegaram a dizer à polícia que o menino confessou o crime a eles na escola, horas depois de matar os pais. Nenhum deles, no entanto, relatou ter dado atenção aos comentários, já que ele teria sorrido ao contar o fato. A Polícia Civil, segundo uma reportagem do "Agora", investiga ainda se o estudante foi armado à escola no último dia 5 para matar a diretora do colégio.
Já a médica Neiva Damasceno, ouvida na última quinta-feira (22), afirmou que a fibrose cística do estudante não causava nenhuma alteração de comportamento no menino. Ela também negou qualquer influência dos remédios, tomados pelo garoto para conter o avanço da doença, na postura dele. Neiva acompanhava o tratamento de Marcelo desde que ele tinha um ano de idade.
Fonte: UOL
Ceará recebe médicos do exterior
Os profissionais brasileiros começarão a trabalhar no dia 2 de setembro,
enquanto os estrangeiros iniciam no dia 16 (Foto: Tuno Vieira)
A capital cearense recebeu, na
noite de ontem, o primeiro grupo de profissionais selecionados pelo
Programa Mais Médicos do governo federal. Ao todo, oito médicos
desembarcaram no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Destes, dois
atuarão no Ceará, no município de Acaraú, e os demais seguirão para
outras cidades do Nordeste. Até o mês de setembro, 111 profissionais
inscritos no Programa devem desembarcar em Fortaleza, e
depois seguir para 49 municípios do Estado.
O avião da companhia aérea TAP vindo de Portugal pousou às 20h40 de ontem, com um atraso de mais de duas horas, já que a chegada estava prevista para as 18h10. A bordo, quatro brasileiros, dois espanhóis, um boliviano e um português, todos com diplomas do exterior.
Depois de passarem pelos trâmites do setor de imigração, os profissionais foram levados pelo Exército até a unidade militar onde ficarão alojados durante o período de acolhimento, no 23º Batalhão de Caçadores (23 BC), no bairro de Fátima.
Os recém chegados, assim como os demais médicos estrangeiros que chegarão à capital até domingo, serão recepcionados na segunda-feira (26), na Escola de Saúde Pública do Ceará, onde passarão, durante o período de três semanas, por um curso de avaliação e acolhimento. Os profissionais receberão aulas de legislação médica brasileira, sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), sobre doenças prevalentes no País, assim como conhecimentos sobre a Medicina de atenção básica e sobre a língua portuguesa. Os médicos brasileiros começarão a trabalhar no dia 2 de setembro. Os estrangeiros, por sua vez, no dia 16.
Expectativas
Com grandes expectativas para o trabalho em solo brasileiro está o boliviano Roberto Soruvo, que se formou e trabalhou na Espanha. Ciente das dificuldades que encontrará no País, ele, que trabalhará em Natal, espera contribuir para melhorar a atual situação do Brasil. "Estou muito contente de vir e quero experimentar novas coisas. Na Europa, está faltando emprego, e a família da minha esposa é daqui, então juntei o útil ao agradável".
A vinda de médicos estrangeiros é uma polêmica desde que o programa foi anunciado pela presidente Dilma Roussef, em julho deste ano. A principal queixa é a vinda de profissionais sem a revalidação no Brasil do diploma obtido no exterior.
Para o médico pernambucano Alecildes Arruda, graduado na Espanha e especializado em medicina familiar e comunitária, o programa está correto, já que investe na atenção básica, uma das grandes necessidades do País. "Não estou roubando o espaço de ninguém, pois vou atender uma população carente, não sou um inimigo. Nossa intenção não é tomar o campo de trabalho de ninguém, e sim, trabalhar. Eu gosto da Medicina familiar", declarou.
Fonte: Diário do Nordeste
depois seguir para 49 municípios do Estado.
O avião da companhia aérea TAP vindo de Portugal pousou às 20h40 de ontem, com um atraso de mais de duas horas, já que a chegada estava prevista para as 18h10. A bordo, quatro brasileiros, dois espanhóis, um boliviano e um português, todos com diplomas do exterior.
Depois de passarem pelos trâmites do setor de imigração, os profissionais foram levados pelo Exército até a unidade militar onde ficarão alojados durante o período de acolhimento, no 23º Batalhão de Caçadores (23 BC), no bairro de Fátima.
Os recém chegados, assim como os demais médicos estrangeiros que chegarão à capital até domingo, serão recepcionados na segunda-feira (26), na Escola de Saúde Pública do Ceará, onde passarão, durante o período de três semanas, por um curso de avaliação e acolhimento. Os profissionais receberão aulas de legislação médica brasileira, sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), sobre doenças prevalentes no País, assim como conhecimentos sobre a Medicina de atenção básica e sobre a língua portuguesa. Os médicos brasileiros começarão a trabalhar no dia 2 de setembro. Os estrangeiros, por sua vez, no dia 16.
Expectativas
Com grandes expectativas para o trabalho em solo brasileiro está o boliviano Roberto Soruvo, que se formou e trabalhou na Espanha. Ciente das dificuldades que encontrará no País, ele, que trabalhará em Natal, espera contribuir para melhorar a atual situação do Brasil. "Estou muito contente de vir e quero experimentar novas coisas. Na Europa, está faltando emprego, e a família da minha esposa é daqui, então juntei o útil ao agradável".
A vinda de médicos estrangeiros é uma polêmica desde que o programa foi anunciado pela presidente Dilma Roussef, em julho deste ano. A principal queixa é a vinda de profissionais sem a revalidação no Brasil do diploma obtido no exterior.
Para o médico pernambucano Alecildes Arruda, graduado na Espanha e especializado em medicina familiar e comunitária, o programa está correto, já que investe na atenção básica, uma das grandes necessidades do País. "Não estou roubando o espaço de ninguém, pois vou atender uma população carente, não sou um inimigo. Nossa intenção não é tomar o campo de trabalho de ninguém, e sim, trabalhar. Eu gosto da Medicina familiar", declarou.
Fonte: Diário do Nordeste
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