quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Juazeiro do Norte-CE: OAB analisa morte de vereador


14/08/2013























Juazeiro do Norte é conhecida por alguns crimes de grande repercussão cujo os autores não foram punidos

Com o silêncio da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte e das autoridades locais sobre as denúncias apresentadas contra o vereador Ronaldo Gomes de Lira, o Ronnas Motos, a equipe do Aqui CE levou as denúncias para a Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Estado do Ceará, OAB-CE. O presidente da comissão e ex-delegado federal, César Bertosi, afirmou que irá analisar os fatos que incriminam Ronaldo.

O presidente adiantou que a cidade de Juazeiro do Norte é conhecida por alguns crimes de grande repercussão, que não tiveram a punição de mentores de assassinatos. “Iremos apurar os fatos com imparcialidade para saber se houve negligência durante as investigações por parte do Ministério Público ou da polícia”, informou César Bertosi. Outro ponto de dúvida tem morada no depoimento de Paulo Vítor, o responsável pela contratação do pistoleiro. O processo cita que ele “soube através de Damião (preso na Penintenciária Industrial do Cariri) que a pessoa que teria dado o dinheiro para o homicídio teria sido um vereador da cidade. Paulo Vítor “sabe dessa informação desde o dia em que ajustou com Damião que conhecia um amigo vereador e que este estaria bancando. Aoconversarcom “Zé”(pessoa ligada ao vereador Ronaldo) por telefone, este falou o nome do vereador Ronaldo”.

Há peças perdidas do quebra-cabeça. César Bertosi afirma que a polícia ou o representante do Ministério Público poderia ter pedido diligências e intimado o dito vereador para esclarecer o motivo pelo qual o nome dele foi citado. “Não se pode desprezar as informações dadas por um dos principais envolvidos (Paulo Víctor), já que citou o nome de uma pessoa-chave para chegar ao verdadeiro mandante”, acrescentou, referindo-se ao nome de “Zé”. César disse ainda que “o processo poderia ter voltado para a polícia, pedindo novas diligências para investigar quem é o “Zé” citado por Paulo Vítor
Mas isso pode acontecer a qualquer momento, caso seja solicitado pelo representante do Ministério Público”.

O citado “Zé”, inexplicavelmente considerado carta fora do baralho na investigação, também causa estranheza ao presidente da Comissão de Segurança Pública. Se a polícia sabia o número de telefone do suspeito, por quê não pediu a quebra de sigilo da linha para saber se havia alguma ligação com Ronnas?. “Em qualquer caso que haja índicios sobre a participação de alguém em um crime e existe um número de telefone, a quebra de sigilo tem que ser solicitada o mais rápido possível para não perder nenhum dado, o que poderia ter sido feito o representante do Ministério Público”, concluiu Bertosi. O presidente garantiu que irá levar as denúncias apresentadas para os membros da comissão, que deve se reunir ainda hoje para analisar o caso.

Fonte: Aqui CE

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