domingo, 8 de setembro de 2013

Sete de setembro sem autoridades políticas em Juazeiro


Madson Vagner/// (Foto: Agência Miséria)
A ausência das autoridades foi motivada por protestos convocados nas redes sociais e que reuniu cerca de 400 pessoas, na sua maioria estudantes. (Foto: Agência Miséria)
Quem foi assistir ao desfile de 7 de setembro, na Avenida Castelo Branco, percebeu a ausência de autoridades políticas no palanque oficial. Nem o prefeito Raimundo Macedo (PMDB), nem os vereadores, nem os deputados com base eleitoral no município, acompanharam as comemorações ao Dia da Independência do Brasil, na terra do Padre Cícero.

A ausência das autoridades foi motivada por protestos convocados nas redes sociais e que reuniu cerca de 400 pessoas, na sua maioria estudantes. O prefeito Raimundo Macedo, acompanhado do vereador Capitão Vieira (PTN), até compareceu, mas acabou abandonando o palanque quando foram iniciadas as manifestações.
O prefeito Raimundo Macedo, acompanhado do vereador Capitão Vieira (PTN), até compareceu, mas acabou abandonando o palanque quando foram iniciadas as manifestações. (Foto: Agência Miséria)

A partir das 9 horas, o grupo de manifestantes interrompeu o desfile na altura da Avenida Castelo Branco com Rua José Marrocos. A paralisação atrasou os desfiles por cerca de meia hora. A avenida só foi liberada após negociação, que teve a frente o Capitão Guedes, da Polícia Militar (PM).

Quando soube do início dos protestos, prefeito e vereador se retiraram. Os manifestantes gritavam palavras de ordem pedindo a saída do prefeito Raimundo Macedo e exigindo justiça por parte do TRE. O prefeito de Juazeiro responde processo de cassação de mandato por compra de voto.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem pedindo a saída do prefeito Raimundo Macedo e exigindo justiça por parte do TRE. (Foto: Agência Miséria)

Os manifestantes trouxeram, ainda, vassouras para lembrar o caso que envolve o presidente da Câmara, Antônio de Lunga (PSC). Os protestos atingiram a frente do palanque, mas permaneceram por apenas 3 minutos.

Após a liberação da área do palanque, houve confronto entre manifestantes e Guardas Municipais. Há denúncias de excessos cometidos pelos guardas municipais. Três manifestantes foram detidos na delegacia da Polícia Civil, mas liberados em seguida.

Além do vereador Capitão Vieira, apenas o vereador Cláudio Luz (PT), visto entre os manifestantes, compareceu ao desfile, mas não esteve no palanque.

 

 

De Show das Poderosas a bunda-lelê, veja curiosidades do 7 de Setembro








Banda do Exército toca ´Show das Poderosas´ no RJ. (Foto: Reprodução/YouTube)
Manifestantes, políticos e até militares mostraram criatividade e ousadia nos desfiles cívicos de 7 de Setembro neste sábado em todo o país. Teve bunda-lelê, banda do Exército tocando “Show das Poderosas”, grupo sujo de lama, crianças mascaradas. Veja a lista dos principais momentos:

Bunda-lelê da discórdia
O bunda-lelê de um jovem para um policial em Belo Horizonte foi o estopim de um confronto que terminou com vários detidos. Segundo o tenente-coronel Antônio de Carvalho, da Polícia Militar, em princípio somente o homem que fez bunda-lelê seria detido, mas outros 11 reagiram com pedras e balões de tinta, por isso, também foram conduzidos à delegacia.

Superação
Os alunos da Escola La Hire Guerra em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, conseguiram desfilar graças a doações e empréstimos, depois que seus instrumentos musicais foram queimados no incêndio de 12 de agosto. “É uma emoção incrível”, disse a diretora do colégio.

Câmera na mão
O ex-deputado Fernando Gabeira acompanhou os protestos na frente do Congresso Nacional de máquina em punho. Ele disse que fazia o registro da história. "Meu trabalho agora é jornalístico, é sobre a decadência do Congresso. Essas manifestações indicam bem o que estamos vivendo."

Show das Poderosas



Além das marchas militares, o repertório da banda do Exército do Rio de Janeiro incluiu a canção “Show das Poderosas”, da cantora Anitta. As fardas não foram empecilhos para alguns militares mais empolgados, que não se intimidaram e quase foram até o chão com os versos do funk.

Vaias ao governador
"Cadê o dinheiro do Metrô? Cadê o salário da polícia? Governador não gosta de povão, mas gosta de cartel", gritava da arquibancada do Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, o deputado estadual major Olímpio Gomes (PDT) contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O deputado puxou vaias e chegou a ser aplaudido. O governador ouviu as vaias em silêncio.

´Papudamóvel´
Um manifestante apelou ao bom humor na festa da Esplanada dos Ministérios, com um ´papudamóvel´, referência ao Complexo Penitenciário da Papuda e ao carro utilizado pelo Papa em eventos. O itinerário: Congresso Nacional - Papuda.

Crianças mascaradas
Na onda dos Black Blocs, grupos de manifestantes anarquistas mascarados, os manifestantes na Avenida Paulista decidiram trazer crianças mascaradas para protestar.

Lama
Em Aracaju, um manifestante foi às ruas embebido de lama para protestar contra a falta de saneamento básico. “A gente convive com isso há 15 anos e parece que o problema nunca vai ter fim”, afirmou o serralheiro Genivaldo Bezerra, 54 anos.

Espionagem
Também em Brasília, um cover do presidente norte-americano Barack Obama prometia dar fim à espionagem. "Não vou mais mexer no seu e-mail mais nunca. Não sabia que isso ia trazer problema ´for me´ ", disse o mineiro.

Bonecos da polícia
Agentes da Guarda Municipal de Aracaju viraram atração entre a criançada que acompanhava o desfile cívico-militar. Cinco bonecos manuseados pelos agentes acenavam das viaturas.

Sonho realizado
O estudante Robson Vieira, 16 anos, foi o baliza, abre-alas da banda marcial do Colégio Estadual Professora Olga Barreto, no município de São Cristóvão. “Meu desejo foi sempre estar à frente da banda”, contou o jovem homossexual, que decidiu inovar.

Sem governadora
Em Natal, o desfile ocorreu sem a presença da governadora Rosalba Ciarlini. A decisão foi tomada pela própria governadora para evitar embate direto com manifestantes nas proximidades da praça Pedro Velho.

Fonte: G1

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