Apesar disso, eu era uma menina muito interessada em estudar. Estudei até o nono ano. Sempre gostei muito de ler.
No interior do Ceará, em Quixadá, no Sertão Central cearense, a
congregação das irmãs Camelianas comemorou na semana passada a
assinatura da lei que torna crime hediondo a prática de exploração
sexual infantil. Essas irmãs fazem parte de um grupo católico, fundada
por um padre italiano em 1989, que presta apoio a meninas e adolescentes
em situação de risco, como casos de gravidez precoce, uso de drogas e
vítimas da exploração sexual.
As meninas recebem apoio médico e têm cursos de corte e costura, informática e cabeleireira.
As meninas recebem apoio médico e têm cursos de corte e costura, informática e cabeleireira.
Uma delas é Gabriela (nome fictício), 16, que se prostituiu e usou
drogas por cerca de um ano e meio em Quixadá. “Eu morei com minha avó e
meu pai desde que nasci. Mas todos dois me batiam muito. Eu era uma
criança muito danada. Eu ia para a escola e batia em todas as meninas do
colégio. Elas ficavam me xingando de preta e eu não gostava nada disso.
Acabava batendo nelas e levando reclamação em casa. Lá, meu pai e minha
avó davam o troco. Apesar disso, eu era uma menina muito interessada em
estudar. Estudei até o nono ano. Sempre gostei muito de ler. Forçava
até as vistas lendo até mais tarde os livros que gostava. Minha avó
cansava de reclamar comigo para ir dormir e largar os livros.
Um dia resolvi fugir de casa porque apanhei muito. Toda vida fugia de
casa e acabava voltando. Mas desta vez resolvi não voltar nunca mais.
Fui morar com minha mãe biológica, que havia casado com outro homem.
Tentamos ficar juntos, mas um dia o marido dela disse que só queria os
filhos dele morando lá. Minha mãe preferiu ele. Fui morar na rua. Morei
um tempo na casa de amigas e outro tempo nas praças do interior. Lá
comecei a ter contato com as drogas. Tinha então 15 anos. Comecei a usar
maconha. Eu usava muita maconha. Eu ia nas bocadas comprar. Não tinha
dinheiro e ficava perto das pessoas que tinham para conseguir um
pouco.Foi aí que conheci um amigo meu. Ele me disse que uns amigos dele
queriam ficar comigo. E disse que essa era uma chance de eu ganhar
dinheiro. Eu cobrei R$ 50. Fiquei com R$ 37, e meu amigo, com R$ 13. Foi
a primeira vez que me prostituí. Esse meu amigo disse que o valor ainda
era muito pouco, e que eu arranjasse mais. Ele conseguiu outros
programas para mim, e eu comecei a aumentar o valor. Passou para R$ 60,
R$ 70. Ele também passou a ganhar uma comissão maior pelos meus
programas. Me sentia muito mal em vender meu corpo.
Tinha vergonha de tirar a roupa e ficava chorando depois que terminava.
Sabia que não precisava daquilo, mas queria o dinheiro para alimentar
meu vício com as drogas. À essa altura, já usava crack e Rivotril (usado
contra convulsão) misturado com cachaça. Fui morar na casa desse meu
amigo. Ele agenciava outras meninas menores de idade também, mas apenas
eu morava com ele. À noite, eu e as outras meninas ficávamos na frente
dos bares, esperando os clientes. Eram geralmente homens bem mais
velhos. Alguns só queriam saber das novinhas. Já vinham procurando. No
fim do mês, esse meu amigo levava algumas das meninas para Fortaleza no
carro dele. Ele nunca me levou. Dizia que eu era muito criança e que
precisava ganhar mais experiência antes de ir, pois os homens de
Fortaleza não admitiam erros. Continuei usando muitas drogas e um dia
percebi que cheguei no fundo do poço. Colocava sangue pelo nariz e pela
boca. Usei tanto crack que desmaiei na praça. Acordei com dois homens
desconhecidos mexendo no meu corpo. Tentei gritar e um deles pôs a mão
na minha boca. Tive sorte que uma tia minha passava no local na hora.
Ela gritou, ameaçou chamar a polícia e os homens fugiram. Nesta mesma
época, eu era muito humilhada na casa onde morava. Meu amigo dizia que
eu não colocava nenhum dinheiro na casa. Não podia usar um perfume que
ele reclamava. Estava chateada com tanta humilhação que um dia fugi. Não
tinha para onde ir e fui morar com um menino com quem estava namorando.
Ele sabia que eu era prostituta e me aceitou do mesmo jeito. Pediu que
eu procurasse ajuda e cheguei até o centro das irmãs Camelianas. Aqui
passei por tratamento e tem três meses que não uso crack e nem me
prostituo. Mas ainda não larguei o cigarro. Fumo todo dia e quero
largar. Aprendi curso de bordado e venho todo dia rezar com as irmãs.
Ainda estou morando com o mesmo menino. Mas ainda não sei o que vou
fazer da vida. Penso em voltar para a escola, mas tenho vergonha do que
vão falar de mim. Em cidade do interior todo mundo sabe o que a gente já
fez um dia na vida. Vieram me dizer que minha avó e meu pai sabem o que
me tornei. Sinto vergonha disso. Aquele meu amigo já me procurou também
algumas vezes para eu voltar para a prostituição, mas encontrei forças
para negar. Ameacei denunciar ele no conselho tutelar, e ele parou de me
procurar. Penso em voltar a estudar e um dia ser doutora. Mas logo me
desanimo. Às vezes acho que joguei minha vida no lixo. Outras vezes,
rezo e sinto forças para me recuperar. Ainda não sei o que fazer da
vida.”Fonte;Folha De São Paulo
Juazeiro do Norte-CE: Jovem é atraído à porta de sua casa e morto com seis tiros
Demontier Tenório (Foto: Cícero Valério/AgênciaMiséria)
O jovem Laudismar Panta da Silva, de 20 anos, apelidado por Dudu e que
residia no bairro Frei Damião, foi morto com seis tiros de revólver
perto da meia noite deste sábado. Ele estava em sua casa na Rua Vicente
Barbosa de Melo, 24 nas imediações do CAIC quando foi atraído à porta
por uma pessoa que o chamou pelo apelido. Ao sair, terminou surpreendido
pelos disparos morrendo em frente à sua casa ao tentar fugir da linha
de tiros.
Contra a vítima existiam atos infracionais por furtos e era suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e um homicídio. Dudu foi alvejado com dois tiros nas costas, dois na nuca e outros dois nas mãos. A polícia foi avisada e viaturas do Ronda do Quarteirão diligenciaram na área sem o êxito de encontrar os acusados. O Tenente Oliveira da FTA disse ter ouvido a informação sobre três homens em um carro de cor escura.
Dudu era irmão dos adolescentes apelidados por “Sorvetinho” e “Macaxeira”, sendo que, este último, encontra-se recolhido ao centro Sócio Educativo José Bezerra de Menezes. Laudismar já tinha sido vítima de um atentado à bala no dia 18 de março de 2013 quando deu entrada no Hospital Regional do Cariri após um suposto tiroteio perto de sua casa quando saiu baleado na coxa esquerda.
Na época, disse à polícia ter sido abordado por um homem a pé e apelidado por “Galego de Maurício das Vacas”, que, também, morava no Frei Damião e foi morto no último dia 18 de março. “Galelgo” teria sacado um revólver e atirado após balearem na cabeça o seu irmão Cleiton Ribeiro Pereira, de 15 anos, que morreu no dia seguinte. Dudu negou ter sido o autor do disparo, mas polícia não descartou relação entre os crimes.
Contra a vítima existiam atos infracionais por furtos e era suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e um homicídio. Dudu foi alvejado com dois tiros nas costas, dois na nuca e outros dois nas mãos. A polícia foi avisada e viaturas do Ronda do Quarteirão diligenciaram na área sem o êxito de encontrar os acusados. O Tenente Oliveira da FTA disse ter ouvido a informação sobre três homens em um carro de cor escura.
Dudu era irmão dos adolescentes apelidados por “Sorvetinho” e “Macaxeira”, sendo que, este último, encontra-se recolhido ao centro Sócio Educativo José Bezerra de Menezes. Laudismar já tinha sido vítima de um atentado à bala no dia 18 de março de 2013 quando deu entrada no Hospital Regional do Cariri após um suposto tiroteio perto de sua casa quando saiu baleado na coxa esquerda.
Na época, disse à polícia ter sido abordado por um homem a pé e apelidado por “Galego de Maurício das Vacas”, que, também, morava no Frei Damião e foi morto no último dia 18 de março. “Galelgo” teria sacado um revólver e atirado após balearem na cabeça o seu irmão Cleiton Ribeiro Pereira, de 15 anos, que morreu no dia seguinte. Dudu negou ter sido o autor do disparo, mas polícia não descartou relação entre os crimes.
O comerciante José Fernandes de Oliveira, de 34 anos, foi assassinado a
tiros de revólver por volta das 14 horas deste domingo dentro de seu bar
nas imediações da Capelinha do Sítio Riachão às margens da CE-060 na
zona rural de Juazeiro do Norte. Ele estava trabalhando quando chegaram
dois homens em uma moto Honda Bros de cor vermelha e pediram uma
cerveja.
A
vítima colocou a garrafa com a bebida e os copos sobre a mesa, mas, ao
dar as costas, foi surpreendida por disparos de revólver. Zé Fernandes
ainda tentou correr para a residência anexa ao estabelecimento
comercial, a fim de fugir da linha de tiros, mas não deu. Cada um dos
dois homens estava com um revólver em punho e seguiu na execução
sumária, deixando, inclusive, marcas de balas nas paredes. Depois,
fugiram na moto em alta velocidade na direção do Sítio Taquari. Clientes
do bar disseram aos PMs de Caririaçu e Juazeiro, presentes ao local,
que desconheciam a dupla acrescentando jamais terem vistos os mesmos na
área. Uma ambulância do SAMU ainda esteve no Sítio Riachão, mas apenas
constatou o óbito sendo acionado o rabecão que levou o corpo para ser
necropsiado no Instituto Médico Legal (IML). A vítima não tinha
passagens pela polícia e foi o quarto homicídio do mês de junho e o 75º
do ano em Juazeiro do Norte se igualando ao número de assassinatos
registrados no decorrer de 2011.Fonte;MisériaACIDENTE DE TRÂNSITO COM DUAS VÍTIMAS É REGISTRADO NA CIDADE DE SOBRAL-CE
O
acidente de trânsito foi registrado na madrugada de hoje (08), por
volta das 02h20, no cruzamento das ruas Joaquim Ribeiro com Luzanir
Coelho, Centro de Sobral. Os veículos envolvidos no sinistro foram:
honda biz de placa NQL-6462 e uma honda CG 150 de placa NUN-8506. Duas
ambulâncias do SAMU estiveram no local da ocorrência prestando socorro
as vítimas. Uma viatura da Polícia Militar (FTA) esteve no local,
auxiliando. As vítima foram socorridas ao hospital Santa Casa.
Fonte: Blog Sinhá Sabóia
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