terça-feira, 3 de junho de 2014

Raizada de maconha ganha destaque e some dos bares do Sertão de PE


A garrafada feita com a raiz da maconha é vendida informalmente em cidades da Bahia e do Sertão de Pernambuco. No município de Cabrobó, o valor de uma garrafa feita com a raiz da cannabis sativa, custa de R$ 20 a R$ 25. A bebida ganhou notoriedade através das redes sociais, inclusive com uma fanpage intitulada 'Pitúconha'. O nome surgiu de uma brincadeira de um grupo de amigos da cidade pernambucana, que criou um rótulo fazendo uma junção da marca da cachaça industrial Pitú com a maconha.
O G1 conversou com um dos homens que teve a ideia de dar o nome para a bebida, ele prefere manter a identidade em sigilo por medo de represálias. “A ideia de fazer o rótulo da 'Pitúconha' foi apenas uma brincadeira, até mesmo porque a fabricação e a comercialização da raizada de maconha é uma prática antiga na região”, enfatizou. Em nota, a empresa que fabrica a cachaça Pitú declarou que vai acionar a justiça pelo uso indevido da marca. Pelos bares de Cabrobó encontrar a raizada não é uma missão tão simples. Quem consome não assume, e quem vende afirma que consegue a raiz de maneira lícita, sem qualquer associação ao tráfico.
Os próprios comerciantes contam que durante as erradicações das roças de maconha, realizadas em operações feitas pela polícia, a planta não é arrancada pela raiz. Depois de ser derrubada com facões a plantação é incinerada, mas a raiz geralmente permanece no solo. Elas são colhidas pelas pessoas que fabricam a raizada artesanalmente. “Depois da chegada das obras da Transposição, diminuiu muito o plantio de maconha, por isso também teve redução nas operações. Agora está cada vez mais raro encontrar a raiz na cidade”, relatou um morador que preferiu não se identificar.
A dificuldade para fazer a raizada de maconha é confirmada pelo comerciante Francismar de Sá Barros. Em entrevista ao G1 ele disse que a raiz é utilizada há mais de 40 anos para esse fim. Ele afirma que produz cerca de três garrafas da bebida por mês e vende a dose por R$ 1.
Francismar conta ainda que produz a garrafada há cerca de 10 anos e que a procura é normal. “É uma raizada como outra qualquer. Não tem diferença nenhuma, fica bêbado do mesmo jeito das outras. Se você colocar de canela é um gosto, de 'quebra-faca' é outro gosto. Qualquer raizada tem gosto diferente, mas não dá alteração nenhuma”, relata o comerciante.
Para o cachaçólogo Marcelo Câmara, a cachaça com raiz de maconha é novidade. "Nunca tinha ouvido falar, por isso, nunca foi estudada". No entanto, ele acredita que as substâncias da cachaça podem ser potencializadas quando adicionada a raiz da maconha. “Uma mistura potencializa a outra. O álcool vai direto para o sistema nervoso central e dá uma euforia inicial. É lógico que a raiz da maconha é diferente de fumar. Se você pegar uma cachaça e fizer um exame clínico vai dar um determinado resultado. Mas se você pegar essa mesma bebida com uma madeira ou raiz dentro, a análise vai ser diferente", explicou.
A planta tem com princípio ativo o tetrahidrocanabinol (THC), substância que a depender da quantidade absorvida pelo organismo, pode causar euforia, sonolência, risos espontâneos, perda temporária de noção do tempo e espaço, de coordenação motora e equilíbrio, aceleramento dos batimentos cardíacos e fome. Mas não se pode afirmar que estes mesmos efeitos aconteçam com a ingestão da garrafada de maconha, já que até agora, não existe nenhum estudo científico sobre o caso. O uso, o cultivo da planta e a comercialização dos seus substratos são proibidos segundo o artigo 2º, da lei 11.343 do ano de 2006. De acordo com o delegado da Polícia Civil em Cabrobó, Alex de Sá Matias, fazer raizadas e comercializar bebidas com maconha, também é crime. “A raiz faz parte da planta. Se é maconha, é crime e a pena varia de 5 a 15 anos de reclusão”, afirma.
Sobre o comércio da raizada na cidade o delegado disse que não há nenhuma denúncia sobre o caso. “Nunca veio ninguém aqui da comunidade para relatar algo do tipo. Mas nós vamos apurar a existência de produtos nesse sentido e se houver, tomaremos as medidas necessárias”, garantiu Alex Matias.
G1

Escolas de Bodocó poderão adotar medidas contra indisciplina e bullying

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendação aos profissionais da educação de Bodocó, no Sertão do Araripe, para sanar as práticas frequentes de bullying e indisciplina nas dependências das escolas.  O pedido  é direcionado a diretores e responsáveis por estabelecimentos de ensino pertencentes à rede pública estadual e municipal.
A partir de agora, os estabelecimentos de ensino terão 60 dias para se adequarem às medidas. Segundo a Promotoria de Justiça, no último dia 14 de maio foi realizada uma reunião com a Gerência Regional de Educação (GRE) e diretores das escolas públicas, que estabeleceu, dentre outras providências, a elaboração do ajustamento a ser seguido pelas escolas nas hipóteses de ocorrência de ato infracional praticado no interior delas. De acordo com o promotor de Justiça Almir Oliveira de Amorim Júnior, responsável pela recomendação, os profissionais de educação, ao tentarem coibir as práticas de indisciplina, têm adotado medidas que contrariam o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele sugere que o ato infracional praticado por adolescentes entre 12 a 18 anos na escola seja analisado pela direção para ser encaminhado, em casos mais graves, à autoridade policial.
Caso o fato seja comprovado é imprescindível a instauração de processo contra o adolescente infrator, visando à aplicação de medida socioeducativa. Se o ato for praticado por criança menor de 12 anos, deve ser encaminhado ao Conselho Tutelar, como dispõe o ECA.
Bullying
Em relação ao bullying, o promotor recomendou que as escolas orientem os alunos sobre seus direitos e deveres, e promova debates para discutir o tema. De acordo com a cartilha ‘É Hora de Expulsar o Bullying da Escola’, desenvolvida pelo MPPE, a intimidação acontece todas as vezes que um colega é repetidamente alvo de atitudes desagradáveis como colocar apelidos, xingamentos, ameaças ou isolamento. As informações são do MPPE.

Prefeito Cezar de Preto inaugura Laboratório de Análises Clínicas José Gonçalves Sobrinho

A Prefeitura de Ouricuri, através da Secretária Municipal de Saúde, entregou na manhã desta sexta-feira, 30 de maio, o Laboratório de Análises Clínicas José Gonçalves Sobrinho. Esse era um sonho antigo da população, que prestigiou a solenidade em grande número. O moderno laboratório recebeu o nome de José Gonçalves Sobrinho (in memória), como forma de homenagear um dos grandes profissionais da saúde que Ouricuri já teve.
O laboratório, que foi implantado no Centro de Referência da Saúde da Mulher, na Praça Voluntários da Pátria, vai atender até 40 pessoas por dia. O local dispõe de modernos equipamentos e nove profissionais preparados para atender a população com respeito.
O prefeito Cezar de Preto, lembrou que essa foi uma prioridade de sua campanha. “Havíamos prometido a implantação desse laboratório, e hoje estamos aqui entregando a população. Já se fazia necessário essa importante ação, que vai melhorar a saúde e qualidade de vida dos ouricurienses”, disse o gestor, que também lembrou da felicidade de homenagear uma pessoa tão relevante para Ouricuri como foi José Gonçalves Sobrinho.
Emocionados, os familiares de José Gonçalves compareceram também ao avento, a senhora Genelícia Rodrigues Gonçalves (esposa), as filhas Glória Maria Gonçalves Pedra-Fixe e Gleide Gonçalves, além do genro Jurandir Pedra-Fixe e os sobrinhos Dr. Anderson Aquino e Braz Gonçalves.
Fotos: Hércules Félix e Antonio Ribeiro / Ascom

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