A poluição provocada pelo lixão desta cidade está sendo motivo de
reclamações por parte dos moradores. Nos últimos meses, o problema da
fumaça vinda da área onde são depositados os entulhos do Município tem
sido prejudicial, atingindo diversos bairros. A população se manifesta
e, enquanto isso, há a possibilidade de Barbalha fazer parte de um
aterro sanitário consorciado, junto com dez Municípios da região.
O impasse continua para iniciar o projeto, proposto pelo Governo do
Estado, com financiamento do Banco Mundial, de cerca de R$ 18 milhões. O
aterro sanitário ainda não tem local definido. Será administrado pelos
próprios Municípios integrantes do consórcio. A ideia é que tenha vida
útil de pelo menos três décadas. A Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos de Barbalha suspeita de incêndios criminosos e já
solicitou a presença da Polícia Militar na área, para minimizar os
danos. Por outro lado, o chorume pode também estar provocando as
queimadas de forma involuntária.
O problema acontece principalmente à noite e um dos bairros mais
prejudicados é o Santo Antônio, um dos mais populosos e também mais
próximo. O bairro fica a cerca de um quilômetro da cidade. Não fosse uma
barreira, daria para ver o lixão de dentro da cidade. Em 2010, o Diário
do Nordeste chegou a fazer denúncias sobre o problema ocasionado pelo
lixo, inclusive com a presença de material hospitalar na área e pessoas
descarregando caminhões sem nenhum material de proteção, além da
ausência de fiscalização na área. O único aviso repreensivo se
encontrava numa placa improvisada, acima da cancela de entrada, dizendo
ser proibida a entrada de pessoas sem autorização.
Prevenção
Por conta do problema das queimadas, a Secretaria de Meio Ambiente está
adotando soluções preventivas, a exemplo da construção de um muro, em
finalização. Será também colocado um portão com uma guarita. Um guarda
municipal permanecerá no local fazendo a vigilância. O lixão está no
local há cerca de dez anos.
O coordenador de Meio Ambiente da Secretaria, Helder Ribeiro, afirma
que, se houver a transferência do lixão para outra localidade, será um
problema maior, já que outra área estará sendo poluída. A queima de
pneus no fim da tarde tem sido a causa de muita fumaça no local.
A preocupação maior é que, até 2014, segundo ele, as cidades deverão se
adequar ao processo da coleta seletiva, e essa é uma realidade que passa
por um trabalho de educação da sociedade, para que os lixões realmente
sejam extintos. Um projeto de coleta seletiva já vem sendo desenvolvido
na cidade.
Em torno de 28 catadores atuam na área, que não chega a ser muito
extensa, mas, a cada dia que passa, está avançando para o riacho, que
deságua no Rio Salamanca. "O chorume vai junto para o riacho,
principalmente quando chove", diz um dos catadores. E esse material
tóxico é um poluente em potencial do lençol freático e das águas do rio.
O próprio catador diz que, se alguém caminhar mais um pouco, chega ao
riacho, após a montanha de lixo. No local, são descarregados diariamente
cerca de nove caminhões e pelo menos 30 toneladas de lixo. O lixão fica
em frente a uma unidade industrial e está numa estrada que leva aos
principais pontos turísticos de Barbalha.
Mais informações
Prefeitura Municipal de Barbalha
Rua Princesa Isabel, 42
Centro - Região do Cariri
Telefone: (88) 2101.1919
Prefeitura Municipal de Barbalha
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Centro - Região do Cariri
Telefone: (88) 2101.1919
Fonte: Diário do Nordeste
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