sábado, 10 de março de 2012

Primeiro homem ´grávido´ curte a família, mas sofre isolamento e já foi ameaçado de morte



UOL News
Susan Beatie tem 3 anos e adora animais. A menina quer ser veterinária. Uma história comum, exceto por um detalhe: ela é filha do ´primeiro homem grávido´, Thomas Beatie.

Thomas nasceu mulher, mas fez cirurgias para a mudança de sexo, embora não perdesse a capacidade de engravidar. A mulher de Thomas não podia ter filhos. Então, ele assumiu a missão de engravidar. Depois de três filhos, decidiu ´fechar a fábrica´.

Mas o que Thomas contará a Susan sobre a sua gestação?

´Contarei a ela o que fiz: eu a carreguei na minha barriga da mesma forma que o Senhor Cavalo-Marinho. Ela não acha que há nada estranho nisso´, contou Thomas, referindo-se a uma história infantil que costuma contar para Susan.

´Há uma foto em que estou grávido. Ela aponta para ela o tempo todo, dizendo: ´Papai, papai, eu estou dentro e ficando grande, grande. E então tenho que sair´, acrescentou, em reportagem do ´Daily Mail´.

Nascido Tracy Lagondino, Thomas se tornou legalmente homem em 2002. Ele não teve os órgãos reprodutivos removidos.

Com a esposa, Nancy, Thomas ficou ´grávido´ em 2007 de Susan. Depois, vieram mais dois filhos, Austin e Jensen. Nancy, que já tinha dois filhos crescidos de outro relacionamento, não podia mais ter filhos após ser submetida a histerectomia.

Os três filhos do casal nasceram de óvulos de Thomas e de espermatozoides do mesmo doador, que não é conhecido.

A família mora em Phoenix (Arizona, EUA). Embora Thomas e Nancy insistam que são felizes, os dois vivem em uma espécie de bolha. Os filhos frequentam uma creche diariamente. Mas os seus pais estão isolados, sem contato com qualquer membro de suas famílias.

Todos se afastaram desde o anúncio da primeira gravidez de Thomas e a vida social não é fácil: já houve ameaças de morte e o casal costuma ser citado como aberração. Eles são agredidos por email, em sites, pelo Facebook e pelo YouTube. Os dois reclamam até da comunidade transexual, que, segundo eles, não dá o apoio que eles esperavam receber.

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